MP é favorável à condenação de Lula por campanha antecipada no Ceará

O petista foi condenado por pedir votos para Evandro Leitão, candidato à Prefeitura de Fortaleza

O Ministério Público Eleitoral (MPE) é favorável à condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por campanha eleitoral antecipada no Ceará.

A procuradoria deu parecer em recurso do petista contra a decisão que o condenou a pagar R$ 10 mil pelo apoio explícito dado a Evandro Leitão (PT), candidato a prefeito de Fortaleza, antes do período no qual a propaganda é autorizada. O episódio ocorreu em 3 de agosto, quando Lula participou da convenção do PT, em Fortaleza.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Lula pediu votos de forma clara e direta, configurando a prática irregular de propaganda antes do período permitido por lei e, por isso, no entendimento da procuradoria, a multa deve ser mantida.

A sentença que determinou o pagamento de multa, também mandou Lula retirar do ar cerca de 40 postagens relacionadas à convenção petista nas redes sociais.

O MPE disse que as falas de Lula, durante o evento, foram transcritas e postadas on-line. Segundo o órgão, isso prova a ocorrência de campanha antecipada.

Lula recorreu da condenação

Lula contestou a decisão e recorreu para reverter a condenação. No entanto, o Ministério Público pediu a manutenção da penalidade, destacando a clareza das evidências apresentadas no processo.

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O órgão de acusação baseou sua análise em provas que incluem vídeos e transcrições da fala de Lula durante a convenção, além de sua ampla divulgação nas plataformas digitais | Foto: Reprodução/Agência Brasil

“Em observância a vasto entendimento jurisprudência e a construção argumentativa das peças cotejadas em sede de recurso, é irrefutável que resta configurada a propaganda eleitoral antecipada, apta à incidência da sanção pecuniária”, disse o MP em seu parecer.

O órgão de acusação baseou sua análise em provas que incluem vídeos e transcrições da fala de Lula durante a convenção.

Além disso, consideram sua ampla divulgação nas plataformas digitais. Para o MP, esses elementos sustentam de forma “irrefutável” a conclusão de que houve pedido ilegal de votos.

*Fonte: Revista Oeste