Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Gilmar Mendes, sobre caso Dirceu: ‘É direito do STF discordar da PGR’

Apesar de parecer contrário da Procuradoria-Geral da República, o decano da Corte anulou condenações do petista no âmbito da Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que é prerrogativa dos membros da Corte discordarem dos pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR). A fala ocorreu em entrevista coletiva durante a abertura do 27º Congresso Internacional de Direito Constitucional, em Brasília.

O magistrado deu a declaração depois de questionamento sobre os argumentos do procurador-geral Paulo Gonet em face de sua decisão favorável a José Dirceu. Em abril, o órgão deu parecer contrário à anulação de processos penais contra o ex-ministro relacionados à Lava Jato.

“A Procuradoria foi ouvida, no que diz respeito à questão do cabimento ou não do pedido de extensão do habeas corpus na questão do presidente Lula sobre a suspensão das ações do ex-juiz Sergio Moro”, afirmou o decano do STF.

“Ela entendeu que não. É uma possibilidade e um direito da Procuradoria, assim como é um direito nosso decidir contra os pareceres da Procuradoria, apesar das relações muito afáveis, cordiais e fraternas que temos com o atual procurador-geral.”

Decisão do procurador-geral

PGR Gonet Odebrecht
O procurador-geral da República, Paulo Gonet | Foto: Leobark Rodrigues/MPF

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Gonet planeja recorrer da decisão. Caso isso ocorra, o caso chegará à mesa da 2ª Turma do STF, que, anteriormente, já declarou a suspeição de Moro. Gilmar afirmou que é necessário aguardar a análise dos colegas: “Cada dia com a sua agonia”.

O procurador-geral argumentou que o pedido de Dirceu se baseia em alegações inadequadas para análise em um pedido de extensão. Segundo Gonet, “não se repete decisão para casos que não sejam iguais”. Para ele, tal prática poderia “tornar-se um mecanismo de supressão de instância e de concentração no tribunal”.

Relação de Gilmar Mendes e Paulo Gonet

Ministro Gilmar Mendes e procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão plenária do STF
Ministro Gilmar Mendes e procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão plenária do STF | Foto: Antonio Augusto/STF

A relação entre Gilmar e Gonet não parece ter sido afetada pelas declarações duras. O ministro, em tom descontraído, mencionou que ambos mantêm uma boa relação. Tão boa a ponto de praticarem corrida juntos aos finais de semana.

Enquanto Gonet focou os aspectos técnicos, Gilmar criticou a “confraria formada pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Curitiba”. O decano destacou que a parcialidade de Moro prejudicou o caso de Dirceu. Ele teria sido o primeiro a sofrer para fundamentar as acusações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato.

“Diante do conjunto de indícios de suspeição narrados nesta decisão, é certo que a mesma falta de isenção que havia em relação ao primeiro réu (Lula) também impediu que José Dirceu tivesse direito a um julgamento justo e imparcial”, afirmou Gilmar Mendes.

*Fonte: Revista Oeste