María Corina Machado, líder da oposição, foi quem convocou o ato de protesto contra o ditador
Faltando menos de um mês para a posse de Nicolás Maduro em seu polêmico terceiro mandato na Venezuela, manifestações contra o regime reuniram dezenas de pessoas nas ruas. A baixa adesão aos protestos marcou um revés para a oposição, que havia organizado atos em grande escala, mas não conseguiu mobilizar o apoio esperado.
Os manifestantes exigiram a libertação de presos políticos. Muitos deles foram encarcerados durante os protestos que aconteceram quando Maduro foi declarado vencedor das eleições.
Uma cena de uma das manifestações mostrou um grupo reunido, segurando balões brancos e bandeiras. Eles estavam vestidos com camisetas brancas e se posicionaram diante de uma grande árvore de Natal decorada.
Ao fundo, prédios altos e modernos compunham o cenário. O ato foi realizado em Caracas e contou com a liderança simbólica de María Corina Machado. Ela, no entanto, não compareceu, pois está em asilo político.
Os manifestantes também pediram uma posição do Tribunal Penal Internacional (TPI). O TPI já conduz investigações sobre possíveis crimes contra a humanidade atribuídos ao regime de Maduro. Segundo a ONG Foro Penal, mais de 1,9 mil pessoas permanecem detidas, incluindo 42 menores de idade.
Maduro foi declarado reeleito presidente da Venezuela pelo CNE
Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral em 28 de julho. Ele recebeu a confirmação para um terceiro mandato consecutivo. No entanto, opositores e organizações internacionais acusam Maduro de fraudar as eleições.
A líder opositora María Corina, mesmo impedida de disputar as eleições, coordenou uma campanha para Edmundo González. Muitos consideram González o verdadeiro vencedor, de acordo com setores independentes.
Durante o ato, uma mulher se identificou como María Cecilia Pérez. Ela usou um pseudônimo e destacou a urgência de uma intervenção internacional. Ela usava uma máscara com batom vermelho, símbolo da oposição. A mulher criticou a repressão e pediu apoio global.
Maduro ironizou o símbolo adotado pela oposição. Ele chamou-os de “pessoas tóxicas” e reafirmou sua postura de desqualificação. Apesar da baixa adesão local, manifestações em apoio à oposição aconteceram em cidades como Bogotá, Buenos Aires, Washington e Madri.
*Fonte: Revista Oeste