Os materiais para análise devem chegar ao Brasil nesta terça-feira, 31
Os gravadores de voo da aeronave Embraer 190, que sofreu um acidente em Aktau, no Cazaquistão, em 25 de dezembro, serão analisados no Brasil. A tragédia deixou ao menos 30 mortos. A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), receberá os dispositivos nesta terça-feira, 31.
Os gravadores, conhecidos como Cockpit Voice and Flight Data Recorder, serão examinados no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo, localizado em Brasília. O laboratório possui infraestrutura e tecnologia de ponta para realizar análises detalhadas.
Em conformidade com o Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional, o Cenipa receberá uma equipe de investigação composta de três especialistas do Cazaquistão, além de três investigadores do Azerbaijão e três da Rússia. Esses profissionais vão se juntar à equipe brasileira para acompanhar o processo de degravação dos dados.
Segundo a FAB, o Cenipa é reconhecido internacionalmente pela sua experiência na investigação de acidentes aeronáuticos, com total conformidade com os protocolos da Organização da Aviação Civil Internacional.
FAB tem tecnologia de ponta
A instituição utiliza tecnologias avançadas, como animações em realidade virtual tridimensional (3D), para analisar variáveis críticas, como trajetória, velocidade e sistemas da aeronave.
“Esse trabalho cooperativo, em conjunto com o departamento do Cazaquistão, reforça o compromisso do governo brasileiro, por intermédio do Ministério da Defesa e da Força Aérea Brasileira, com a segurança na aviação e a colaboração entre os países signatários da Convenção”, informou a FAB.
Depois do término do processo de análise, os dados extraídos serão entregues à Autoridade de Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Cazaquistão. A agência do país será responsável por conduzir a análise final e a investigação do acidente, em conformidade com os protocolos internacionais de investigação de acidentes aeronáuticos.
*Fonte: Revista Oeste