Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Justiça da Argentina emite ordem de prisão contra ditador da Nicarágua

Decisão se fundamenta no princípio de jurisdição universal, que permite julgar crimes contra a humanidade em qualquer local do mundo

A Justiça da Argentina emitiu uma ordem de captura internacional contra Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, e sua esposa, Rosario Murillo, na última segunda-feira, 30.

A decisão foi proferida pelo juiz federal Ariel Lijo, baseada em acusações de violações sistemáticas dos direitos humanos no país centro-americano. A ação judicial foi apresentada em 26 de agosto de 2022 por professores da Universidade de Buenos Aires, com apoio de alunos de Direito.

O princípio de jurisdição universal, que permite julgar crimes contra a humanidade em qualquer local do mundo, fundamenta a medida. Ortega e Murillo enfrentam acusações de assassinato, tortura, desaparecimento forçado de pessoas e perseguição de grupos.

A denúncia detalha o contexto social e político na Nicarágua desde abril de 2018 e foi ampliada sete vezes, incluindo cumplicidade de agentes da polícia e do Judiciário, além de ataques à liberdade de expressão.

Acusações contra o ditador e sua mulher

A ação contra o ditador e sua mulher inclui denúncias de fechamento de meios de comunicação e ONGs opositoras. “O regime de Ortega e sua esposa é talvez a ditadura mais sangrenta que já existiu no continente”, afirmou Darío Richarte à agência AFP.

Em novembro de 2023, o Congresso da Nicarágua, alinhado ao governo de Ortega, aprovou uma reforma constitucional que concedeu controle absoluto ao casal sobre os poderes do Estado.

Daniel Ortega e sua mulher Rosário Murillo: declarações de Humberto irritaram o casal que trabalha pela continuidade da família no poder | Foto: Divulgação
Daniel Ortega e sua mulher, Rosario Murillo, são acusados na ação | Foto: Divulgação

A reforma estendeu o mandato presidencial de cinco para seis anos e formalizou o papel de Murillo como “copresidente”. O texto da reforma estabelece que os copresidentes devem coordenar poderes legislativo, judicial, eleitoral, de controle e fiscalização, além de órgãos regionais e municipais, que antes eram considerados independentes.

Opositores e presos políticos na Nicarágua

Entre fevereiro de 2023 e setembro de 2024, a Justiça da Nicarágua retirou a nacionalidade de mais de 400 opositores ao governo de Ortega.

Muitos desses opositores, classificados como presos políticos, foram deportados, enquanto outros estavam previamente exilados. Destacam-se figuras como a escritora Gioconda Belli e o escritor Sergio Ramírez, crítico ao regime de Ortega.

Daniel Ortega, ex-guerrilheiro, governou a Nicarágua na década de 1980, depois da revolução sandinista. Ortega retornou ao poder em 2007 e tem sido acusado por críticos de instaurar um regime ditatorial e nepotista ao lado de sua esposa.

A Justiça argentina já aplicou anteriormente o princípio de jurisdição universal em casos contra Nicolás Maduro e Diosdado Cabello, da Venezuela, além de casos históricos relacionados ao regime de Francisco Franco na Espanha, e acusações contra militares birmaneses.

*Fonte: Revista Oeste