Os nomes que correm por fora pela presidência da Câmara e do Senado

Apesar de Davi Alcolumbre e Hugo Motta serem favoritos, há candidatos que tentam se eleger nas Casas Legislativas

Com as eleições para a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados marcadas para 1º de fevereiro, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) surgem como os principais candidatos. Suas candidaturas estão praticamente garantidas, conforme bastidores de Brasília.

No entanto, o cenário político conta com a presença de nomes alternativos, considerados “azarões”. Eles buscam estabelecer posições e podem influenciar o desfecho da disputa.

Os desafios no Senado para Alcolumbre

Davi Alcolumbre
O senador Davi Alcolumbre | Foto: Divulgação/Senado Federal

No Senado, Davi Alcolumbre enfrenta o desafio de assegurar um número significativo de votos para confirmar sua hegemonia. Ele conta com o apoio de dez bancadas partidárias.

A natureza secreta e individual do voto pode complicar a situação, já que o apoio formal das siglas não garante que todos os integrantes votarão a seu favor. A candidatura independente de Marcos Pontes (PL-SP) pode causar divisões dentro do Partido Liberal.

Candidatos e a disputa pelo Senado

O PL, segunda maior bancada do Senado, pressiona pela destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal, bandeira também levantada por Pontes.

Além de pontes, Eduardo Girão (Novo-CE) se candidatou de olho nas eleições de 2026, mas abriu mão da disputa em favor de Rogério Marinho (PL-RN). Já Marcos do Val (Podemos-ES), sob alegação de perseguição do ministro do STF Alexandre de Moraes, afirmou que vai priorizar “a pauta do STF”.

Por fim, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) quer ser um possível nome, mas não encontra tem o apoio nem de seu partido, que tem uma bancada rachada.

O papel dos candidatos alternativos

Mesmo sem chances reais de vitória, candidatos como Pontes, Girão e Do Val exploram o sentimento anti-STF para angariar votos. Além disso, prometem reativar o debate de pedidos de impeachment parados no Congresso.

Essa postura é vista como uma antecipação das campanhas ao Senado em 2026, quando ocorrerá a renovação de dois terços das cadeiras da Casa.

A forte candidatura de Hugo Motta na Câmara

lira e hugo motta
Lira apoia Hugo Motta para a presidência da Câmara | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, Hugo Motta construiu um sólido arco de alianças, que abrange 495 dos 513 deputados. Ele necessita de 257 votos para garantir sua eleição.

Seu apoio vem de uma ampla coalizão que inclui desde o PL até o PT. A campanha de Motta é patrocinada por figuras influentes, como Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI), que desempenham papéis estratégicos na consolidação de sua candidatura.

Um dos principais desafios para Motta, ao assumir a presidência da Câmara, será lidar com o pleito de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. Esse tema é de grande interesse para a ala direitista da Casa.

Ele precisará equilibrar as demandas das duas maiores bancadas, o PL e o PT, para manter a estabilidade política.

O único oponente de Motta na disputa é Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ). Sua candidatura representa uma contestação simbólica, dada a robustez das alianças formadas por Motta.

Histórico das eleições legislativas

O histórico das eleições para as presidências do Senado e da Câmara entre 2015 e 2023 mostra que a rivalidade predominou. Os presidentes eleitos no Senado frequentemente conseguiram ao menos dez votos dos 81 senadores nas disputas.

Na Câmara, a maioria ampla tem sido a norma, com Arthur Lira, por exemplo, obtendo 464 votos em 2023.

*Fonte: Revista Oeste