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ButanVac, promessa de Doria, custou R$ 61,4 milhões, mas falhou em teste

Apesar do alto culto, imunizante contra a covid não chegou a usado

O Instituto Butantan gastou R$ 61,4 milhões no desenvolvimento da vacina nacional contra a covid-19 ButanVac, que foi uma promessa do ex-governador de São Paulo João Doria. Apesar do gasto, o estudo clínico foi interrompido depois de os testes não atingirem os níveis mínimos de eficácia na produção de anticorpos, conforme informações obtidas via Lei de Acesso à Informação pelo portal Metrópoles.

O valor despendido abrange tanto os gastos com os ensaios clínicos — destinados à avaliação de eficácia e segurança do imunizante — quanto os custos de fabricação.

Durante os testes, realizados em uma amostra de 400 voluntários na fase 2 dos ensaios clínicos, constatou-se que os 200 participantes que receberam a ButanVac apresentaram uma resposta imunológica inferior aos 200 que receberam outro imunizante já disponível, cujo nome não foi divulgado.

A dose da ButanVac custaria R$ 10

Em março de 2021, o então governador de São Paulo anunciou o projeto de uma vacina nacional contra a Covid-19, enfatizando que cada dose custaria R$ 10 — valor inferior ao das vacinas importadas —, e prometendo a disponibilização de 40 milhões de doses em três meses, com uma capacidade de produção que poderia atingir 100 milhões de doses por ano.

O desenvolvimento da ButanVac incorporou parte da tecnologia da Escola de Medicina Icahn do Instituto Mount Sinai, nos Estados Unidos, fato que suscitou críticas ao anúncio e às promessas feitas na época.

Os ensaios clínicos, que se estenderam por três anos, foram interrompidos depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatar que a eficácia da ButanVac não atende aos padrões previamente acordados, que apresentam desempenho igual ou superior ao das vacinas já em uso.

Em nota ao Metrópoles, o Butantan afirma que embora o gastos não tenha culminado na aprovação do imunizante, os recursos foram usados para o avanço tecnológico e industrial do instituto, estabelecendo uma base para pesquisas futuras.

Segundo comunicado do Butantan, o gasto não foi em vão, pois não se restringiu apenas ao desenvolvimento da ButanVac, mas também “contribuiu para o aprimoramento dos processos tecnológicos e industriais”.

“Importante destacar que não há investimento em vão quando se trata de pesquisa deste tipo, pois os recursos aplicados contribuíram para o avanço de processos tecnológico e industriais, permitindo que outros estudos relacionados se beneficiem do conhecimento acumulado. O Instituto Butantan segue seu compromisso com a ciência e a saúde da população”, afirmou o órgão.

*Fonte: Revista Oeste