Os eleitores alemães decidiram, neste domingo, 23, a formação de um novo governo no país
Os eleitores na Alemanha decidiram, nas eleições deste último domingo, 23, o futuro político do país. O partido conservador União Democrata Cristã (CDU) emergiu como grande vencedor, com 28,5% dos votos, depois de a apuração em todos os 299 círculos eleitorais seguir as projeções de boca de urna. A informação é da agência Reuters.
A vitória da CDU reflete a expectativa de fortalecimento das forças conservadoras no país. O chanceler Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), não continuará no cargo, em razão do desgaste enfrentado por seu governo. No ano passado, sua aprovação era de apenas 14%.
Um novo governo na Alemanha
O líder da CDU, Friedrich Merz, é o principal favorito para ser o próximo chanceler, mas, para isso, ele ainda precisa garantir apoio majoritário no Bundestag. A composição do Parlamento federal alemão é de 630 cadeiras.
A CDU, em aliança com a União Social Cristã (CSU), busca formar uma coalizão que assegure a estabilidade governamental — crucial no sistema parlamentarista da Alemanha.
Além da coalizão CDU/CSU, destacou-se no pleito o crescimento do partido mais à direita, nacionalista, o Alternativa para a Alemanha (AfD). O total de 20,8% dos votos foi seu melhor desempenho na história, fato que consolida a sigla como a segunda maior força política no país.
“Da próxima vez, ficaremos em primeiro lugar”, comemorou a líder do partido AfD, Alice Weidel.
Mudanças no cenário político alemão
O desempenho do AfD reflete mudanças no cenário político alemão, com eleitores favoráveis a uma abordagem mais conservadora. Por outro lado, o SPD sofreu uma das piores derrotas, ficando em terceiro lugar, em contraste com sua vitória em 2021.
As eleições na Alemanha foram antecipadas depois do colapso da coalizão de três partidos que dava sustentação ao governo de Scholz, em novembro de 2024. Especialistas analisam que o atual cenário político na Alemanha representa uma fase de transição, com a expectativa de que os conservadores consigam formar um governo estável.
*Fonte: Revista Oeste