Deputados da oposição pressionam para que o tema seja debatido no Congresso Nacional
Organizadores da manifestação pela anistia dos presos pelo 8 de janeiro estimam que o ato, programado para o próximo domingo, 16, atraia mais de 1 milhão de pessoas para a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva temem que a manifestação em favor da liberdade dos presos do 8 de janeiro ganhe destaque na mídia internacional.
Em meio à crise política e de credibilidade enfrentada pela administração petista, os aliados receiam que o ato fragilize ainda mais a imagem do Executivo e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesse contexto, o ex-presidente Jair Bolsonaro planeja realizar uma série de eventos no Brasil em apoio ao Projeto de Lei (PL) da Anistia. Segundo o jornal Gazeta do Povo, uma caravana deve percorrer diversas regiões do país, do Sudeste ao Nordeste.
Além disso, os parlamentares da oposição pressionam para que o tema seja debatido no Congresso Nacional. Bolsonaro planeja se reunir com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, antes da manifestação na orla de Copacabana.
O partido conta com filiados como Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A proposta enfrenta resistência na Casa. Aliados do governo justificam que o clima político atual não é adequado para discutir o PL.
PL da Anistia divide opiniões no Congresso Nacional
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ranking dos Políticos, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, revela que o PL da Anistia tem dividido o Congresso.
Na Câmara, 50% dos parlamentares são favoráveis à proposta, enquanto 41,8% são contra. Já no Senado, 46,2% apoiam o PL, e 38,4% apresentam oposição. Apenas 8,2% dos deputados e 15,4% dos senadores não expressaram opinião.
O instituto entrevistou 110 deputados de 18 partidos e 26 senadores de 11 siglas, de 11 a 12 de fevereiro. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos.
*Fonte: Revista Oeste