O partido comunista descreveu os condenados pelo STF como ‘cidadãos comuns’, que têm sofrido abusos do Estado brasileiro

O Partido da Causa Operária (PCO) publicou, nesta quinta-feira, 20, uma defesa da anistia aos presos do 8 de janeiro. Em publicação no X, a sigla diz que o indulto “não é uma questão de simpatia política ou alinhamento ideológico, mas de reparação às ilegalidades cometidas pelo Estado”.
Ao assumir que houve abusos, prisões arbitrárias e violações de direitos fundamentais contra os manifestantes, o partido comunista também menciona a diferença entre o perfil dos anistiados depois da ditadura militar e os acusados pela invasão da sede dos Três Poderes.
“Em 1979, a anistia foi uma resposta às atrocidades de um regime de exceção que torturava e matava”, diz a publicação. “Hoje, os presos que podem ser beneficiados não são torturadores ou algozes de um sistema opressor, mas cidadãos comuns, em grande parte detidos ‘por convicção’ dos acusadores e em processos totalmente fraudulentos, acusados de atos que o próprio Estado inflou para justificar uma repressão desproporcional.”
A anistia não é uma questão de simpatia política ou alinhamento ideológico, mas de reparação às ilegalidades cometidas pelo Estado. Houve abusos, prisões arbitrárias e violações de direitos fundamentais contra os manifestantes de 8 de janeiro de 2023.
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) March 19, 2025
Diante disso, o único… pic.twitter.com/oFLMakn2dY
Para o PCO, o STF tem se comportado como um tribunal fascista
De acordo com o PCO, a Justiça brasileira prendeu pessoas sem oferecer um processo transparente, cerceia os advogados e faz julgamentos apressados, o que replica os métodos característicos de ditaduras fascistas. “Como, então, opor-se à anistia em nome da ‘democracia’, se a própria repressão aos presos de hoje ecoa as ilegalidades do passado?”
A publicação da sigla conclui que a defesa dos direitos democráticos não deve jamais ter preferência ideológica. “Ela exige que as ilegalidades sejam reparadas, independentemente de quem as sofreu.”
*Fonte: Revista Oeste