Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Dengue avança e pode tornar 2025 o segundo pior ano da história no Brasil

Dados oficiais mostram alta nas mortes nos primeiros meses do ano, enquanto governo prioriza discurso otimista e vacinas seguem limitadas

Apesar de o governo federal ter anunciado uma redução proporcional nos casos de dengue, os dados revelam que 2025 tende a ocupar o segundo lugar entre os anos com maior mortalidade provocada pela doença.

Um levantamento feito pelo site Metrópoles com base em informações oficiais mostrou que 317 pessoas morreram em decorrência da dengue entre janeiro e fevereiro. O período, historicamente crítico no combate ao vírus, registra números ainda parciais. A série histórica, iniciada em 1996, revela que o total só é inferior ao registrado em 2024, quando houve 1,3 mil mortes no mesmo intervalo.

Alerta interno contrasta com discurso público 

Técnicos e integrantes do governo preveem o agravamento da crise sanitária nas próximas semanas. Um boletim do Ministério da Saúde publicado em 5 de janeiro já alertava para a escalada dos casos. Desde 2023, a dengue assumiu proporções epidêmicas e, no ano passado, ultrapassou recordes de infecção e letalidade, em alguns momentos superou até a covid-19.

Mesmo assim, o governo tem priorizado nas redes sociais uma narrativa otimista e destaca apenas a redução proporcional dos casos em relação ao ano anterior. A estratégia omite a dimensão real da crise e o avanço da doença em diversas regiões.

Histórico recente confirma avanço da dengue 

Em 2024, o Brasil contabilizou 6,2 mil mortes por dengue. O número, por si só, superou todas as mortes registradas entre 2015 e 2023, que somaram 6 mil. Os dados escancaram o impacto devastador da doença no país.

O enfrentamento da nova onda de infecções está agora sob responsabilidade do ministro Márcio Macêdo, que substituiu Nísia Trindade, depois de críticas à gestão da crise. Um dos fatores de alerta é o retorno do sorotipo 3 da dengue, que estava inativo havia anos e voltou a circular com força.

Outro obstáculo envolve a vacinação. O imunizante da farmacêutica Takeda está disponível apenas para adolescentes de 10 a 14 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) e em quantidade limitada. Diante da proximidade do vencimento das doses, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária elegível.

Vacina nacional contra a dengue ainda depende da Anvisa 

O Instituto Butantan desenvolve uma vacina apresentada como 100% brasileira, mas o projeto ainda aguarda aprovação da Anvisa. A tecnologia, no entanto, é de origem norte-americana. Mesmo que aprovada, a vacina só deverá estar disponível em larga escala a partir de 2026.

Até lá, a principal estratégia segue baseada na prevenção: combate a criadouros do mosquito, aplicação de larvicidas e fortalecimento da vigilância sanitária.

*Fonte: Revista Oeste