1ª Turma do Supremo Tribunal Federal começa nesta terça-feira, 25, a julgar recebimento de denúncia contra o ex-presidente
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta terça-feira, 25, que espera justiça do Supremo Tribunal Federal (STF), que começa a julgar o recebimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
“Eu sempre espero a justiça. Nada se fundamenta nas acusações feitas de forma parcial pela Polícia Federal”, declarou Bolsonaro, ao desembarcar em Brasília na manhã desta terça-feira, 25.
Bolsonaro falou brevemente com a imprensa e voltou a falar sobre as ilegalidades do processo contra ele, como o fato de não ter foro no STF para responder criminalmente; a falta de acesso aos vídeos da delação premiada de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordem; e o fato de que a denúncia se baseia em um único delator, que era pressionado a supostamente confessar crimes.
O ex-presidente disse que acompanhará o julgamento com seus advogados.
“Meu advogado e o do Braga Netto são experientes e conhecem profundamente a jurisprudência do STF sobre delação”, declarou. “A Lava Jato teve mais de 200 delações; a minha [denúncia] tem uma [delação] completamente irregular, do começo ao fim, um vai e vem do delator.”
Julgamento de Bolsonaro no STF começa nesta terça-feira, 25
A 1ª Turma do STF começa a sessão às 9h30, que terá transmissão ao vivo pelos canais do STF e da TV Justiça no YouTube. As sessões ocorrerão em três partes: duas nesta terça-feira, 25, e uma nesta quarta-feira, 26.
A 1ª Turma é a responsável por esse julgamento. A integram os ministros Cristiano Zanin, presidente, Alexandre de Moraes, relator, além de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Além do ex-presidente, compõem o núcleo 1, segundo a a PGR, os seguintes acusados:
- deputado federal Alexandre Ramagem;
- o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos;
- o ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
- o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno;
- o tenente-coronel e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid;
- o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e
- o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Se o colegiado acatar a denúncia, os denunciados se tornam réus e respondem a um processo criminal.
*Fonte: Revista Oeste