Há duas mortes confirmadas; internautas chineses afirmam ter sentido os tremores nas Províncias de Yunnan e Shaanxi
Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mandalay, em Mianmar, nesta sexta-feira, 28. Os tremores ainda abalaram edifícios em Bangkok, capital da Tailândia, deixando 43 pessoas presas em um arranha-céu. Até agora, as autoridades confirmaram a morte de duas pessoas.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos registrou um terremoto com uma profundidade de 10 quilômetros, seguido por um forte tremor secundário.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas abandonando prédios correndo e socorristas auxiliando no resgate de vítimas em edifícios desabados. Até o momento, não há registro de mortes no país.
“Todos nós corremos para fora de casa quando tudo começou a tremer”, disse um morador de Mianmar. “Vi um prédio de cinco andares desabar diante dos meus olhos. Todos na minha cidade estão na rua e ninguém se atreve a voltar para dentro dos edifícios.”
Internautas nas redes sociais chinesas afirmam ter sentido os tremores nas Províncias de Yunnan, que faz fronteira com Mianmar, e Shaanxi.
Segundo a CNN, na Tailândia, o desabamento de um prédio em construção em Bangkok deixou uma pessoa morta e 55 feridas. O primeiro-ministro, Paetongtarn Shinawatra, participa de uma reunião de emergência com outros líderes para apurar o caso.
“Senti por cerca de dez segundos no meu quarto, percebi que não conseguiria ficar lá dentro”, ressalta um morador de Chiang Mai “Então corri para a rua.”
Mianmar ainda se recupera de tufão em 2024
Em setembro de 2024, as inundações causadas pelo Tufão Yagi resultaram em pelo menos 113 óbitos e mais de 320 mil desabrigados em Mianmar.
“Mais de 320 mil pessoas, ou 78 mil lares, foram levadas para campos de socorre temporário”, disse, à época, Zaw Min Tun, porta-voz da junta militar do governo. “Em todo o país, 113 pessoas morreram, 64 estão desaparecidas e 14 estão feridas.”
Os desastres naturais agravaram a crise vivida pelo país desde o golpe militar em 2021, que depôs o governo eleito de Aung San Suu Kyi. Àquela altura, os militares promoveram um apagão na internet e prenderam todo o gabinete civil de Mianmar.
*Fonte: Revista Oeste