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Carol De Toni cobra ministra de Lula, sobre mulheres presas pelo 8/1

A líder da minoria na Câmara quer que Cida Gonçalves e a bancada feminina da Casa se posicionem em relação a ‘omissão e cumplicidade’ às condenações ‘arbitrárias’

A líder da minoria na Câmara, deputada Carol De Toni (PL-SC), cobrou um posicionamento da bancada feminina da Casa e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, sobre as condenações das mulheres presas pelos atos de 8 de janeiro de 2023. 

De Toni citou uma declaração de Cida Gonçalves, de que o “governo federal está trabalhando para que todo dia seja Dia das Mulheres”. “Mas como levar essa frase a sério quando seu ministério ignora tantas arbitrariedades?”, indagou a deputada federal.

“Cobramos um posicionamento da bancada feminina da Câmara e do Ministério das Mulheres, sobre as prisões e penas absurdas impostas às mulheres do 8 de janeiro”, declarou a líder. “Onde estavam essas vozes diante da injustiça contra Débora e tantas outras?”

A deputada ainda destacou a recente liberação da cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos, para a prisão domiciliar. Medida que ocorreu depois de dois anos de detenção.

“Mas a Justiça continua longe de ser feita”, afirmou a parlamentar. Carol De Toni sinalizou que não houve “nenhuma manifestação, nenhuma nota de repúdio, nenhum gesto de solidariedade” por parte do governo em relação à Débora dos Santos.

A cabeleireira Débora dos Santos, de 39 anos, com a família | Foto: Reprodução/Redes sociais
A cabeleireira Débora dos Santos já está reunida com a sua família em Paulínia, no interior de São Paulo | Foto: Reprodução/Redes sociais

Carol De Toni fala em condenações “arbitrárias”

Nos ofícios encaminhados à bancada feminina da Câmara e à ministra Cida Gonçalves, a parlamentar citou todas as mulheres presas e condenadas por terem participado das manifestações de 8 de janeiro.

“Essas mulheres não roubaram, não mataram”, destacou De Toni. “Elas foram manifestar — algumas, inclusive, com Bíblias nas mãos. São mães, avós, trabalhadoras, entre 36 e 73 anos. Algumas doentes, outras impedidas até de enterrar seus entes queridos. Suas penas? De 12 a 17 anos de prisão.”

violência mulher
A líder da minoria cobra um posicionamento da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, sobre as condenações impostas às mulheres presas pelo 8 de janeiro de 2023 | Foto: Divulgação/Governo federal

Carol De Toni afirmou que essas mulheres foram “arrancadas de seus lares, afastadas de seus filhos e netos, condenadas e tratadas de forma desumana”. 

“Se a defesa da mulher não for seletiva, já passou da hora de essas vozes se levantarem”, defendeu a líder da minoria da Câmara. “Porque, neste caso, o silêncio não é apenas omissão. É cumplicidade. Essas mulheres estão privadas de acompanhar e orientar o desenvolvimento dos seus filhos e netos por decisões que não passam de grotescas caricaturas de Justiça e traduzem uma desumanidade abominável.”

As condenações impostas às presas pelas manifestações

Confira, abaixo, as 25 mulheres que, conforme De Toni, já foram condenadas em razão dos protestos de 8 de janeiro de 2023.

  1. Iracy Nagoshi, 71 anos de idade, diretora de escola aposentada, condenada a 14 anos de prisão;
  2. Nara Faustino, 45, condenada a 16 anos e meio de prisão;
  3. Vildete Ferreira, 73, aposentada e avó, condenada a 12 anos de prisão. Seu estado de saúde é grave;
  4. Josilaine Santana, 42, mãe de um filho menor, condenada a 16 anos e meio de prisão;
  5. Francisca Hildete, 62, cuidadora de idosos, condenada a 13 anos e meio de prisão;
  6. Roseli Monteiro, 60, feirante, condenada a 16 anos e meio de prisão;
  7. Fabiane de Souza, 67, condenada a 17 anos de prisão;
  8. Pastora Sandra, 50, cuidadora de idosos, condenada a 13 anos e meio de prisão;
  9. Maria Medule, 45, inspetora escolar, condenada a 14 anos de prisão;
  10. Jucilene Costa, 60, servidora pública, condenada a 14 anos de prisão;
  11. Geissimara Alves, 28, fisioterapeuta, condenada a 14 anos de prisã;
  12. Maria do Carmo, 62, professora, condenada a 14 anos de prisão. Seu estado de saúde é grave;
  13. Lucienei Casagrande, 54, empresária, condenada a 14 anos de prisão;
  14. Josiani Vargas, 38, condenada a 16 anos e meio de prisão; 
  15. Adalgiza Dourado, 64, dona de casa e avó, condenada a 16 anos e meio de prisão. Sofre de depressão grave;
  16. Edneia dos Santos, 39, mãe de dois filhos menores, condenada a 17 anos de prisão;
  17. Camila Mendonça, 36, mãe de dois filhos menores, condenada a 17 anos de prisão;
  18. Jaqueline Gimenez, 42, mãe de dois menores, condenada a 17 anos de prisão. Tirou tumor maligno e voltou para o presídio;
  19. Ana Elza Pereira, 63, dona de casa e avó, condenada a 14 anos de prisão;
  20. Joanita de Almeida, 56, coordenadora de creche, condenada a 16 anos e meio de prisão. Está internada na ala psiquiátrica do presídio;
  21. Dirce Rogério, 57, cabeleireira, condenada a 16 anos e meio de prisão;
  22. Ana Flávia Rosa, 36, coordenadora de creche, condenada a 14 anos de prisão;
  23. Elisângela Oliveira, 50, dona de casa, condenada a 17 anos de prisão. Sua mãe e seu irmão morreram recentemente; e
  24. Rosemeire Morandi, 59, empresária, condenada a 17 anos de prisão; e
  25. Vanessa Takasaki, 45, empresária, condenada a 17 anos de prisão.

*Fonte: Revista Oeste