Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

‘Liberdade de expressão’ garante vitória de Bolsonaro em ação no STF

Decisão dividida beneficiou o então candidato à Presidência mesmo diante de declarações polêmicas

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou uma denúncia apresentada por Raquel Dodge, então procuradora-geral da República. A acusação era contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que à época exercia mandato de deputado federal e disputava a Presidência.

A acusação apontava crime de racismo, com base em falas supostamente ofensivas direcionadas a quilombolas, indígenas, mulheres, refugiados e integrantes da comunidade LGBT.

“Fui em um quilombola em Eldorado Paulista”, disse o então parlamentar. “Olha, o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas.”

Três magistrados votaram pela rejeição da denúncia. O ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso, foi acompanhado por Luiz Fux e Alexandre de Moraes, que proferiu o voto decisivo. Nesse sentido, a maioria entendeu que, apesar do teor das falas, elas estariam protegidas pela liberdade de expressão.

Dodge sustentava que Bolsonaro comparou quilombolas a animais. Para ela, o político “praticou, induziu e incitou a discriminação e preconceito” contra os referidos grupos.

“Apesar do erro das declarações, não me parece que a conduta teria extrapolado os limites para um discurso de ódio, de incitação ao racismo, de xenofobismo”, respondeu Moraes, em seu voto.

Já os ministros Rosa Weber e Luís Roberto Barroso divergiram, ao argumentarem que a declaração violava o artigo 20 da Lei do Crime Racial.

O episódio marcou um ponto de inflexão. Uma eventual condenação poderia ter inviabilizado a candidatura de Bolsonaro em 2018. A decisão, portanto, teve impacto direto no cenário político e nos desdobramentos que se sucederam nos anos seguintes.

Mais tarde, em 2022, sob a gestão de Augusto Aras, a Procuradoria-Geral da República arquivou duas representações contra Bolsonaro por repetir, em tom jocoso, a expressão “7 arrobas” ao se dirigir a um homem negro.

Caso Débora dos Santos reacende dilemas deixados por julgamento de Bolsonaro

Durante o julgamento do ex-presidente, Fux evocou um episódio distinto: o caso de Débora dos Santos, condenada por escrever, com batom, a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça. Fux alega que seria necessário rever “erros” cometidos em processos ligados aos atos intitulados golpistas.

A fala de Fux abre espaço para revisões de penas em casos similares. A defesa de outros réus passou a questionar o equilíbrio das punições, ao afirmar que houve violações ao direito de defesa.

Além disso, o ministro Gilmar Mendes critica a tentativa de humanizar cidadãos envolvidos nas invasões, citando o caso da cabeleireira como exemplo.

Imagens registraram Débora sorrindo enquanto escrevia na estátua da Justiça. Mesmo assim, ela alega desconhecimento do valor simbólico do ato. Gilmar contesta a versão e afirma que ela assumiu os riscos ao participar da invasão.

*Fonte: Revista Oeste