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Sob Lula, desmatamento cresce no cerrado e na Amazônia Legal

Em 2024, foram destruídos quase 6 mil quilômetros de vegetação nativa no primeiro bioma, enquanto no segundo houve a destruição de 34 mil quilômetros quadrados

Em 2008, Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente depois de ser escanteada pelo próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Inauguração de hidrelétricas, avanço da soja e lançamento do Plano Amazônia Sustentável ocorreram sem sua participação e evidenciaram o enfraquecimento de sua influência.

Quase duas décadas depois, o enredo se repete: Marina voltou ao comando da pasta, mas está novamente isolada. E, desta vez, cercada por números alarmantes, conflitos internos e um secretariado mais político que técnico.

No cerrado, o desmatamento acumulado nos dois primeiros anos de Lula superou o mesmo período da gestão Bolsonaro. Em 2023, foram destruídos quase 8 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa e, em 2024, quase 6 mil quilômetros quadrados. No mesmo intervalo da administração anterior, os números foram menores: pouco menos de 5 mil quilômetros quadrados em 2019 e quase 4,5 mil em 2020. Embora o ritmo tenha caído entre o primeiro e o segundo ano do atual governo, os alertas de desmatamento dispararam: chegaram a 17 mil quilômetros quadrados em 2024 — o maior número já registrado na série histórica. As queimadas também explodiram. Nos dois primeiros meses de 2025, o fogo destruiu 806 mil hectares em todo o país. Desse total, a Amazônia perdeu 89 mil hectares, o cerrado, 22 mil, e o restante se concentrou no Pantanal, que voltou a arder em proporções catastróficas.

Em 2023, os focos de incêndio explodiram. Aumentaram quase 900% em relação ao mesmo período de 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), compilados pela WWF-Brasil. No ano seguinte, a situação piorou ainda mais. Em 2024, as chamas consumiram quase 3 milhões de hectares — o equivalente a 17% de todo o bioma do Pantanal.

Nos dois anos anteriores, ainda sob o governo Bolsonaro, o cenário era menos severo. Em 2021 e 2022, a área total queimada foi inferior a 700 mil hectares — quase quatro vezes menor que a devastação registrada em 2024. O contraste escancara uma contradição central: enquanto o governo Lula multiplica discursos em defesa da pauta ambiental, os dados apontam um avanço acelerado da destruição.

Floresta em chamas | Foto: Reprodução/Agência Brasil

*Fonte: Revista Oeste