Bancada evangélica tem nova liderança na Câmara dos Deputados

O deputado Eli Borges substitui Silas Câmara na Frente Parlamentar

O deputado federal Eli Borges (PL-TO) assumiu nesta quarta-feira, 7, a liderança da Frente Parlamentar Evangélica da Câmara dos Deputados. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Borges substituirá Silas Câmara (Republicanos-AM). 

A transição de liderança ocorreu durante um culto de Santa Ceia no auditório Nereu Ramos, na Câmara, com de Câmara, do advogado-geral da União, Jorge Messias, representando o Executivo, e de outros parlamentares .

Borges assume a liderança em meio a um atrito entre o grupo religioso e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo petista suspendeu uma norma que dava isenção fiscal a líderes religiosos.

De acordo com o site da Câmara, a Frente Parlamentar Evangélica é composta por 229 parlamentares, sendo 203 deputados federais e 26 senadores.

Isenção fiscal para líderes religiosos 

Bancada evangélica | De acordo com a Receita Federal, a suspensão do Ato Declaratório Interpretativo foi uma determinação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) | Foto: Reprodução/Twitter/X
Bancada evangélica formará grupo de trabalho com Ministério da Fazenda para debater isenção fiscal | Foto: Reprodução/Twitter/X

No dia 17 de janeiro, a Receita Federal suspendeu um Ato Declaratório Interpretativo que diferenciava o valor recebido por líderes religiosos a título de prebenda pastoral e remuneração direta. 

A prebenda, considerada uma remuneração direta, é isenta de contribuição previdenciária. O ato, emitido em 2022 durante o governo Bolsonaro, pelo então secretário da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes, concedia esse benefício aos líderes evangélicos. 

Depois da repercussão negativa entre o grupo religioso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de um grupo de trabalho com membros da bancada evangélica, representantes do Ministério da Fazenda e da Receita Federal, para debater o tema.

Haddad declarou que a decisão de revogar a isenção fiscal concedida a líderes religiosos está sujeita à avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Se o TCU considerar inválido o ato, a Advocacia-Geral da União (AGU) vai ficar encarregada de analisar o texto.

*Fonte: Revista Oeste