Alexei Navalny, ativista e opositor de Vladimir Putin, morre aos 47 anos em prisão na Sibéria

A informação foi divulgada pelo Serviço Penitenciário Russo, que salientou como Navalny teria falecido após uma caminhada

O ativista russo Alexei Navalny, maior opositor ao regime de Vladimir Putin, morreu nesta sexta-feira, 16, aos 47 anos na prisão de segurança máxima de Kharp, na Sibéria russa.

A informação foi divulgada pelo Serviço Penitenciário Russo, que salientou como Navalny teria falecido após uma caminhada.

“Todas as medidas essenciais para reanimar [Navalny] foram realizadas e não deram resultados positivos. Os médicos dos serviços de emergência confirmaram a morte do recluso. As razões da sua morte estão a ser esclarecidas”, acrescentou o serviço penitenciário federal russo.

Entretanto, a porta-voz da equipe de apoiadores de Navalny, Kira Yarmysh, escreveu no X, o antigo Twitter, que “não teve nenhuma confirmação disso por enquanto”.

Navalny foi preso após voltar da Alemanha para a Rússia

O carismático ativista anticorrupção foi preso há pouco mais de três anos, depois de retornar da Alemanha para a Rússia, após sofrer um envenenamento em um avião, que ele atribuiu a Putin.

O ativista tinha sido transferido na penitenciária de Kharp no ano passado.

Na última quarta-feira, 14, o opositor de Putin tinha sido submetido à 27.ª transferência para confinamento solitário desde o início da sua detenção, um recorde até mesmo para o opressivo sistema penitenciário russo.

No dia 11, acabava de terminar mais um período de isolamento de dez dias. No total, Navalny passou 308 dias em confinamento solitário desde o início da sua detenção, em janeiro de 2021.

Dmitry Peskov, porta-voz de Putin, disse ao jornal russo Kommersant que Putin foi informado da morte de Navalny.

Kremlin atuou para isolá-lo do mundo exterior, mantendo-o em condições cada vez mais restritivas em colónias prisionais remotas e notoriamente duras.

Em dezembro passado, Navalny foi transferido para uma prisão na região de Yamalo-Nenets, na Rússia, acima do Círculo Polar Ártico, depois de desaparecer da vista do público e de perder contacto com a sua equipa jurídica durante várias semanas.

*Fonte: Revista Oeste