A ação foi movida por parlamentares do Psol mineiro; o governador de Minas tem até 5 dias para se defender
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fixou o prazo de cinco dias para que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), explique sobre a liberação de matrículas de crianças sem a necessidade de comprovação de vacina nas escolas do Estado. O texto foi publicado nesta quinta-feira, 15. A ação foi movida por parlamentares do Psol mineiro.
Em recente vídeo, sem especificar sobre qual imunizante estaria se referindo, Zema apareceu ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleiton Gontijo (Republicanos-MG), conhecido como Cleitinho, e afirmou que as crianças poderão frequentar as escolas do Estado mesmo sem vacina.
“Aqui em Minas, todo aluno, independentemente de ter ou não [se] vacinado, terá acesso às escolas”, disse Zema.
Em seguida, o senador Cleitinho assegura que eles “são a favor, sim, da ciência” na mesma proporção em que também são “a favor da liberdade”.
Governador fala sobre a importância de as crianças irem à escola
Em entrevista à CNN, logo depois da divulgação do vídeo, o governador ressaltou a importância de todas as crianças irem à escola e destacou o aprendizado de ciência como base intelectual fundamental para suas escolhas futuras.
“Toda criança tem o direito de frequentar a escola, isso é inquestionável”, disse. “A criança vai ter uma merenda boa, vai ter boas escolas e vai, principalmente, aprender ciência, para que no futuro ela tenha condições, diferente do que já aconteceu no passado, queremos que ela venha a decidir se quer ou não ser vacinada.”
O processo da ação, movido no STF por deputadas estaduais e vereadores psolistas de vários municípios, exige a retirada do vídeo das redes sociais sob multa diária de R$ 5 mil em caso de desobediência.
Vacina de covid-19 em crianças gera polêmica
A vacinação contra covid-19 em crianças de 6 meses a 5 anos passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação desde 1º de janeiro.
A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde do governo do petista Lula no fim de outubro de 2023 e gerou polêmica e controvérsia entre pais e profissionais de saúde com relação a essa inoculação.
*Fonte: Revista Oeste