Presidente deu a declaração no programa Oeste Sem Filtro desta terça-feira, 27
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pouco apoio popular. Ele deu a declaração nesta terça-feira, 27, durante entrevista ao programa Oeste Sem Filtro.
“Lula é um presidente sem povo”, afirmou Bolsonaro, ao ser interpelado pelos jornalistas Augusto Nunes, Adalberto Piotto, Carlo Cauti e Adriana Reidi.
A declaração de Bolsonaro ocorre dias depois da manifestação do último domingo, 25, na Avenida Paulista. Segundo o presidente, o ato pela democracia foi organizado pelo pastor Silas Malafaia.
“Queríamos duas coisas: me defender das acusações e mostrar uma fotografia para o mundo do que está acontecendo na política nacional”, disse Bolsonaro, ao explicar o objetivo da manifestação. “Já vi time de futebol ser campeão sem torcida. Agora, um presidente sem povo é a primeira vez que estamos vendo.”
O ex-presidente disse que a população participou do ato de “livre e espontânea vontade” e explicou seu discurso na manifestação. “Dei um fechamento”, afirmou. “Fui para cima de um apaziguamento, uma anistia. Isso tem de vir mais do lado de lá [governo]. O Parlamento é o ente que decide essa questão.”
Ele contestou a quantidade de anos que os acusados estão sendo condenados. “Temos hoje órfãos de pais vivos, condenados a 15, 17, 16 anos de cadeia”, observou. “São pobres coitados e pegam uma pena enorme por ter participado daquele ato de vandalismo.”
Bolsonaro diz que manifestação uniu a direita
Em sua avaliação, a manifestação uniu a direita brasileira. “Foi uma coisa que uniu a todos, num sentimento de que temos de ter um norte”, disse Bolsonaro. “Esse norte é: respeito à Constituição, às leis, em especial respeito à participação popular nesses movimentos que acontecem pelo Brasil.”
Para finalizar, Bolsonaro criticou a quantidade de ministros do presidente Lula e se autointitulou o “homem mais perseguido que passou pela Presidência”. Ele disse que o seu momento é de ficar mais “discreto”.
“Estou contraído por causa dos problemas”, contou Bolsonaro. “O Brasil todo assistiu a esse mar de gente na Paulista. E sou o paralelepípedo no sapato da esquerda. Apesar de ser inelegível, ao meu ver de forma injusta, pretendo continuar participando da política no Brasil.”
*Fonte: Revista Oeste