Desemprego no Brasil sobe 7,8% no trimestre até fevereiro

Os dados do IBGE foram divulgados nesta quinta-feira, 28

O desemprego no Brasil subiu 7,8% no primeiro trimestre encerrado no mês de fevereiro, segundo divulgou nesta quinta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Essa é a taxa mais alta desde agosto do ano passado.

O resultado foi ao encontro das expectativas dos analistas, que estimavam uma taxa de desocupação entre 7,7% e 8,1%.

Entre os grupos, o número de pessoas ocupadas no setor agropecuário registrou queda de 5,6% no trimestre. Enquanto, o setor industrial teve aumento de 3,1% no trimestre.

Indústria
A pesquisa mostrou ainda que o rendimento médio das pessoas ocupadas subiu novamente, de R$ 3.097 no trimestre até janeiro para R$ 3.110 no período de três meses até fevereiro | Foto: Reprodução/Freepick

Comparação com mesmo período de 2023

No mesmo período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua era de 8,6%. Já no trimestre encerrado em janeiro de 2024, a taxa de desocupação estava em 7,6%.

Apesar do crescimento da taxa de desemprego, o número de pessoas ocupadas não sofreu alterações significativas, com registro de recuo de 0,3% na comparação trimestral e aumento de 2,2% na base anual, a 100,250 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado subii 0,7% nos três meses até fevereiro sobre o trimestre até novembro, enquanto o dos que não tinham carteira recuou 1,1%.

Em nota, a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, disse que o aumento de desocupação está associado a uma retomada da busca por emprego por uma parcela da população.

A quantidade de brasileiros em busca de trabalho chegou a 8,5 milhões, um crescimento de 4,1%, na comparação trimestral.

Na comparação anual, houve um recuo de 7,5% no número de desocupados em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.

O número de pessoas ocupadas ficou em 100,2 milhões, estável segundo os dados do IBGE.

*Fonte: Revista Oeste