Onda de manifestações ocorreu na ilha caribenha durante o mês de março, em meio à crise socioeconômica que afeta a população local
Em março, mais de 650 protestos e denúncias contra o governo de Miguel Díaz-Canel foram registrados em Cuba pelo Observatório Cubano de Conflitos. O dado referente à onda de manifestações contra a ditadura comunista foi divulgado nesta quarta-feira, 3.
Conforme o levantamento, a série de protestos evidencia a insatisfação e a frustração da população diante da crise econômica e dos desafios sociais enfrentados pela ilha caribenha. A repressão, a violência social e a insegurança cidadã são alguns dos problemas, assim como a fome.
De acordo com o Observatório Cubano de Conflitos, isso evidencia que o país enfrenta desafios. O que tende a gerar preocupações em âmbito internacional.
Os mais de 650 protestos de março representam aumento de 63,7%, em comparação com o mesmo período de 2023. Além disso, a organização registrou relatos de casos de abuso policial, uso excessivo de força, repressão à dissidência política e à liberdade de expressão. O aumento no número de presos políticos foi outro fator presente no relatório.
As manifestações populares refletem a insatisfação e a frustração da população cubana, que clama por mudanças políticas, maior liberdade e melhores condições de vida.
Cuba encara problemas socioeconômicos
Ainda segundo o observatório, Cuba lida com séries de problemas socioeconômicos. A crise energética, os problemas no transporte público e no abastecimento de água foram mencionados como agravantes da situação do país — que há décadas vive sob ditadura comunista.
Diante do recente aumento de protestos e da intensificação dos conflitos sociais em Cuba, o regime de Díaz-Canel tem sido alvo de críticas internacionais. O ditador foi acusado, por exemplo, de desrespeitar os direitos humanos e reprimir brutalmente a sociedade cubana.
Em meio à crise e aos protestos, o regime comunista recebe apoio de aliados internacionais. Partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT fechou acordo de colaboração com o Partido Comunista cubano. Já a Rússia, de Vladimir Putin, enviou combustível para auxiliar no abastecimento energético da ilha.
*Fonte: Revista Oeste