Partido de Lula não tem o mesmo poder de atração da sigla de Bolsonaro.
O PL e o PT foram os partidos que polarizaram as eleições presidenciais no país e atualmente detêm as maiores bancadas da Câmara dos Deputados. Ambas as siglas filiaram novos pré-candidatos para as eleições que serão realizadas em outubro — e podem se enfrentar na disputa por até 12 capitais do Brasil.
Neste sábado, 6, com o fim do prazo para a filiação, o novo panorama político foi consolidado. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, ao menos 20 pré-candidatos a prefeituras nas 26 capitais brasileiras trocaram de partido no último mês.
Os embates entre PT e PL ocorrem em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Manaus, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, João Pessoa, Maceió, Aracajú, Florianópolis e Vitória.
A sigla capitaneada por Jair Bolsonaro recebeu novas adesões e agora tem pré-candidaturas em 19 das 26 capitais. Desse total, 4 se filiaram ao partido no último mês a fim de concorrer em Florianópolis (SC), Rio Branco (AC), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE).
Nas últimas semanas, Bolsonaro fez uma jornada pelo Brasil e abonou as fichas de filiação dos novos correligionários. Dentre os quais está o prefeito de Rio Branco (AC), Tião Bocalom, que havia trocado o PP pelo PL na última semana.
As capitais Florianópolis, Campo Grande e Porto Velho também estão em vias de ter mais de uma candidatura no campo bolsonarista.
PT e PL disputam capitais
Em Campo Grande, Bolsonaro escolheu Rafael Tavares como candidato, o que colocou o PL como oponente à sigla da prefeita Adriana Lopes (PP). O cenário político local caminha para candidaturas próprias de PT, PSDB, MDB e União Brasil — todos com nomes considerados competitivos.
De acordo com a Folha, o PL também teve uma candidatura agressiva em Aracaju, com a filiação da vereadora Emília Corrêa, um dos nomes mais fortes da oposição ao atual prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).
Em Porto Velho (RO), as negociações ainda estão em curso. Nesta capital, o deputado federal Fernando Máximo quer trocar o União Brasil pelo PL, o que pode implodir a possibilidade de uma grande aliança da direita em torno da ex-deputada Mariana Carvalho (Republicanos).
Já o PT, sigla envolvida em escândalos de corrupção nos últimos anos, não teve o mesmo poder de atração que seu principal adversário político. O partido só recebeu um novo filiado durante a janela partidária: o ex-deputado federal Marcelo Ramos, que trocou o PSD pelo PT a fim de concorrer à prefeitura de Manaus — sua filiação foi articulada por Lula.
Em dezembro de 2023, a sigla de Lula conseguiu filiar o deputado estadual Evandro Leitão a fim de disputar a prefeitura de Fortaleza. Porém, Leitão precisa enfrentar uma disputa interna do partido para consolidar sua candidatura.
Em 2020, o PT não conseguiu eleger nenhum prefeito de capital. Hoje, o partido tem 16 das 26 capitais. Porém, dentre as maiores cidades do Brasil, a sigla vai abdicar da candidatura própria em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
*Fonte: Revista Oeste