Os acionistas da empresa deverão receber da Petrobras cerca de R$ 22 bilhões, com o governo federal que vai obter cerca de R$ 6 bilhões
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta sexta-feira, 19, o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários referentes a 2023, estimados em R$ 43,9 bilhões.
Em março, o Conselho da Petrobras tinha vetado integralmente a distribuição desses recursos, após uma intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após a aprovação do conselho, a proposta será levada à Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da estatal, que será realizada o próximo dia 25 de abril. O mesmo dia em que será realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO).
Questão dos dividendos provocou racha no Conselho da Petrobras
Os acionistas minoritários defendiam a distribuição de 100% dos dividendos. Todavia, o governo federal, através dos representantes do Ministério de Minas e Energia, pressionou para reter 100% dos proventos.
A União tem a maioria do Conselho: de 11 conselheiros no total, o governo tem 6 assentos.
Após a reunião de março, que tinha vetado a distribuição de dividendos, as ações da estatal petrolífera caíram mais de 10%, com uma perda de valor de mercado da empresa de R$ 55,3 bilhões.
Essa divergência tinha provocado um embate entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Esta disputa quase provocou a demissão de Prates do comando da estatal.
Diretoria apresentou a proposta de distribuição de 50%
O pagamento de 50% dos dividendos foi proposto pela diretoria da empresa, na base de dados técnicos como a melhor escolha para a Petrobras.
O restante 50% será eventualmente distribuída no futuro após uma avaliação dos impactos dos conflitos internacionais no mercado petrolífero.
O Ministério da Fazenda deverá obter cerca de R$ 6 bilhões com essa distribuição de dividendos da Petrobras.
*Fonte: Revista Oeste