‘O ambiente hoje chega até a dar orgulho’, disse José Múcio neste sábado, 11
Em uma entrevista à CNN Brasil neste sábado, 11, o ministro da Defesa, José Múcio, expressou grande satisfação com o relacionamento atual entre as Forças Armadas e o governo do presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou o “absoluto entrosamento” entre as partes e afirmou haver confiança mútua entre o presidente, líder da esquerda, e os militares.
“Nós hoje vivemos um ambiente de absoluto entrosamento entre militares e governo”, declarou Múcio. “Até porque eu digo sempre que os militares são funcionários públicos de farda. O ambiente hoje chega até a dar orgulho. O presidente da República tem absoluta confiança dos militares”.
Múcio também mencionou as críticas que recebeu dentro do governo, especialmente após os atos de 8 de janeiro de 2023. O ministro revelou que foi criticado por admitir que familiares seus, que eram contrários à eleição de Lula, estiveram nos protestos.
“Eu tive parentes que estavam naqueles movimentos, muitos me criticaram porque eu disse”, lembrou Múcio, “mas eu acho que as críticas seriam piores se tivessem descoberto que eu tinha escondido”.
O ministro enfatizou que defendeu as Forças Armadas ao longo de 2023. Durante a entrevista, ele fez questão de afirmar que a corporação militar não esteve envolvida nas manifestações que o governo petista e uma parcela da imprensa entendem como ‘ato golpista’.
“Passei o ano todo de 2023 dizendo que as Forças Armadas não tiveram nada a ver com aquilo”, falou Múcio. “Dentro do próprio governo eu recebi muitas críticas”.
De acordo com o ministro, as suspeitas sobre o envolvimento militar nas manifestações diminuíram após as prisões de militares.
“Hoje eu posso dizer com absoluta segurança depois dessas delações do princípio deste ano, que deu-se CPF à suspeição”, afirmou Múcio, “porque quando você não dá o nome dos culpados, a suspeição vai para o CNPJ, o Exército é o suspeito”.
Por fim, José Múcio declarou sua intenção de permanecer como ministro da Defesa até o final do mandato de Lula. O ministro afirmou que só deixará o cargo se o presidente esquerdista assim o solicitar.
*Fonte: Revista Oeste