Tropas operam na área e participam de combates a curta distância com homens do grupo terrorista
O governo de Israel intensificou sua ofensiva militar em Rafah e enviou tanques para o centro da cidade mais ao sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira, 28.
A operação ocorre apesar da crescente condenação internacional, depois de um ataque aéreo no fim de semana que resultou na morte de dezenas de civis.
Segundo o Exército, as tropas estão envolvidas em combates a curta distância em Rafah. Os militares afirmam que esforços continuam sendo feitos para evitar danos a civis não envolvidos na área.
Desde o início da guerra, Rafah abriga 70% da população de Gaza, que fugiu de outras cidades atacadas por Israel em retaliação aos atentados de outubro pelo Hamas. A cidade enfrenta um colapso de serviços de saúde, saneamento e alimentação.
Ofensiva de Israel em Rafah
O governo de Benjamin Netanyahu planeja desde março uma ofensiva no local, alegando que os últimos quatro batalhões ativos do Hamas se escondem entre os civis de Rafah.
No domingo 26, um ataque aéreo que tinha como alvo uma base do grupo terrorista matou dezenas de pessoas em um campo de refugiados adjacente.
Netanyahu classificou, na segunda-feira 27, a morte de civis como um “acidente trágico”. Na terça-feira 28, o principal porta-voz das Forças Armadas israelenses afirmou que as bombas usadas eram pequenas demais para causar um incêndio daquela magnitude.
O ataque do fim de semana intensificou as críticas internacionais, especialmente na Europa, que pressiona pelo fim dos combates.
O secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Cameron, mencionou na terça-feira as cenas “profundamente angustiantes” de Rafah no fim de semana — muitas das quais mostravam corpos carbonizados nos destroços do acampamento — e pediu uma investigação “rápida e abrangente”.
O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou em uma coletiva de imprensa que uma investigação está examinando “todas as possibilidades” para determinar a causa do incêndio. Mesmo quando a causa do incêndio for estabelecida, “isso não tornará essa situação menos trágica”, disse o almirante Hagari.
*Fonte: Revista Oeste