Setor permanece 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011
A produção industrial do Brasil caiu 0,5% em abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o setor permanece 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No acumulado do ano, por outro lado, a indústria acumula alta de 3,5%.
Em comparação com abril do ano passado, o setor avançou 8,4%. Em 12 meses, houve expansão de 1,5%.
Entre as atividades, a influência negativa mais importante veio das indústrias extrativas, que recuaram 3,4% nesse mês, depois de avançarem 0,4% em março.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).
Segmentos importantes da indústria recuaram
O gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, explica que alguns segmentos com peso importante tiveram recuo, como o setor extrativo e de alimentos, que representam cerca de 30% da estrutura industrial.
Além disso, outras atividades importantes assinalaram taxas negativas no mês, como derivados de petróleo e biocombustíveis, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.
“Mesmo com poucas atividades mostrando recuo na produção, essas, por conta de seus pesos, pressionam o total da indústria para o sinal negativo”, analisa Macedo.
Ele ressalta que o setor extrativo ainda tem um saldo positivo relevante nos últimos meses e está acima do patamar pré-pandemia.
No campo positivo, o destaque é a indústria automobilística. André ressalta que o segmento já vem emplacando uma melhora do seu comportamento, à exceção do mês anterior, no qual houve um recuo de 4,6%. Mas, ao longo dos outros meses de 2024, houve alta de 4,4% em janeiro, 3,5% em fevereiro e agora em abril a alta foi de dois dígitos, 13,2%.
*Fonte: Revista Oeste