Presos como Lindemberg Alves, Cristian Cravinhos e Gil Rugai foram beneficiados nesta terça-feira, 11
Cerca de 50 mil presos do Estado de São Paulo obtiveram na manhã desta terça-feira, 11, o direito à “saidinha”, uma saída temporária dos presídios para passar o período de festas juninas com a família, informou o jornal O Globo.
Conhecida como “saidinha de Santo Antônio”, a medida beneficia 50 mil detentos no regime semiaberto de São Paulo, incluindo nomes notórios, como Cristian Cravinhos, Gil Rugai e Lindemberg Alves. No Complexo de Tremembé, mil criminosos foram beneficiados.
As consequências da saidinha junina
A saída temporária, que antecede o Dia dos Namorados, dura sete dias, e todos os presos devem retornar na próxima segunda-feira, 17. Durante a liberdade, estão proibidos de ficar fora de casa entre 20h e 6h e de frequentar festas noturnas, incluindo as de Santo Antônio, em 13 de junho. A fiscalização dessas regras, contudo, é quase impossível.
A saidinha foi mantida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo apesar de uma nova lei do Congresso Nacional que a cancelava. A decisão se baseou na Portaria 2/2019.
Cravinhos, Lindemberg Alves e Gil Rugai conseguem “saidinha”
Um dos beneficiados com a saidinha de Santo Antônio é Cristian Cravinhos, envolvido no assassinato do casal Manfred e Marísia Richthofen. Ele já solicitou progressão para o regime aberto.
Em outubro de 2002, Cristian Cravinhos participou do homicídio do casal Richthofen. Condenado a 38 anos, ele também foi sentenciado a quatro anos por tentativa de suborno.
Gil Rugai foi condenado em 2013 a 33 anos por matar o pai e a madrasta em 2004. Lindemberg Alves, que manteve refém a ex-namorada Eloá Pimentel e a matou, em 2008, foi sentenciado a 39 anos.
Robinho não tem direito à saída temporária
Robinho, condenado por estupro coletivo em 2022, e Fernando Sastre Filho, preso por homicídio doloso, não foram contemplados. Robinho cumpre pena no regime fechado por um crime ocorrido em 2013 em Milão. Fernando Sastre foi preso em 6 de maio depois de três dias foragido por matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana enquanto dirigia alcoolizado.
*Fonte: Revista Oeste