Prisão de Anna Christina Ramos Saicali foi revogada pela Justiça
A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali desembarcou em São Paulo pouco antes das 7h desta segunda-feira, 1º. Em seguida, ela se dirigiu ao posto da Polícia Federal, no Aeroporto de Guarulhos, para entregar seu passaporte às autoridades, informou a CNN.
Anna Christina estava em Portugal na quinta-feira 27, quando sua prisão foi decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Depois de um acordo, ela decidiu regressar ao Brasil. A prisão preventiva foi revogada. Enquanto a Polícia Federal apura a fraude bilionária, ela não poderá deixar o Brasil.
A decisão de substituir a prisão preventiva por uma medida cautelar foi dada pelo juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal, do Rio, depois de a defesa da ex-diretora dizer que ela retornaria ao Brasil.
“Anna Saicali deve apenas se apresentar às autoridades portuguesas no Aeroporto de Lisboa, sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame”, escreveu o juiz em seu despacho.
Anna Christina teve a prisão decretada na Operação Disclosure ao lado do ex-presidente da Americanas Miguel Gutierrez. Eles são investigados por uma fraude de R$ 25,3 bilhões.
A investigação revela que ambos teriam vendido mais de R$ 230 milhões em ações da Americanas quando suspeitaram que as fraudes contábeis bilionárias da empresa se tornariam públicas.
Ex-presidente da Americanas Miguel Gutierrez foi solo
Assim como Anna, Gutierrez também teve a prisão decretada — e chegou a ser preso pela Interpol na sexta-feira 28 —, mas já está em liberdade. Ele estava em Madri e, depois de um acordo, foi solto no sábado 29 e entregou seu passaporte às autoridades.
Segundo nota divulgada pela defesa, o executivo “compareceu espontaneamente ante as autoridades policiais e jurisdicionais com o fim de prestar os esclarecimentos solicitados”. Os advogados dizem que o empresário está no “mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades, onde sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso”.
Os advogados do ex-CEO disseram que ele “jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”. “Diante do acesso aos autos, Miguel agora poderá exercer sua defesa frente às alegações originadas por delações mentirosas em relação a ele”, disse a defesa, em nota.
*Fonte: Redação Oeste, com informações da Agência Estado