Número de mortes por dengue aumenta quase 20 vezes no Distrito Federal

Esse número representa uma alta de quase 1,7 mil por cento em comparação com 2023

De 1º de janeiro a 26 de julho de 2024, o Distrito Federal (DF) registrou 420 mortes por dengue. Esse número representa um aumento de 1,7 mil por cento, em comparação com 2023, quando ocorreram 23 mortes. A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) publicou os números na última sexta-feira, 26.

Especialistas ligados ao órgão afirmaram que os principais fatores para a tragédia estão relacionados com as falhas na prevenção da doença.

Esse atual momento de seca é o período crucial para adotar medidas que evitem uma nova crise. Com a volta das chuvas, os ovos do mosquito aedes aegypti voltam a eclodir.

Além da crise epidemiológica, há um déficit de 4 mil agentes de saúde no Distrito Federal. Os agentes comunitários de saúde (ACSs) precisam de quase 2,4 mil pessoas para trabalhar na prevenção, enquanto os agentes de vigilância ambiental (AVAs) têm uma falta de 1,7 mil profissionais. 

Para combater a dengue, é necessária uma “prevenção constante”

Iuri Marques, presidente do Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde (Sindivacs-DF), disse que é necessária uma prevenção constante para prevenir mais mortes. 

“Campanhas e propagandas preventivas são importantes, mas não resolvem”, afirmou Marques, conforme noticiou o site Metrópoles. “Sem servidores, o risco de uma nova epidemia é alto.”

O que diz a Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF afirmou que trabalha no combate à dengue e na revisão do Plano de Contingência na capital federal.

“A SES-DF informa que o combate à dengue é contínuo e envolve ações de controle ao vetor, como, por exemplo, a realização de visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos de reprodução do mosquito”, diz um trecho da nota. “Também promove ações de preparação da rede assistencial, com informação e mobilização social, como as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), Ovitrampas [um tipo de armadilha] e fumacê.”

A secretaria ainda afirmou que tem atualizado o Plano de Contingência para Resposta às Emergências em Saúde Pública por Dengue Chikungunya e Zika.

*Fonte: Revista Oeste