O Estado lidera o cultivo dessa planta no Brasil
O prejuízo do setor canavieiro com as queimadas no Estado de São Paulo é de R$ 1,2 bilhão. A estimativa é da organização que representa os agricultores que plantam cana-de-açúcar no país.
A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) divulgou o dado na sexta-feira 13. De acordo com o órgão, foram identificados mais de 3 mil focos de incêndio nas plantações da cultura no Estado de São Paulo, entre os dias 23 de agosto e 10 de setembro.
As queimadas se alastraram por 181 mil hectares de cana-de-açúcar. O fogo reduz a produtividade das plantas. A estimativa divulgada pela Orplana não inclui o prejuízo causado pelo fogo em áreas de preservação, reservas legais, outras culturas e pastagens.
“A base de dados utilizada pela Orplana é a de um conjunto de satélites que fazem a verificação das áreas, inclusive com monitoramento de queimadas”, José Guilherme Nogueira, CEO da organização. De acordo com o executivo, as informações coletadas permitem observar a diferença das áreas queimadas. Além disso, as visitas ao campo complementam as análises.
A cana-de-açúcar paulista no Brasil e no mundo
São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil. Os agricultores do Estado mantêm por volta 4,3 milhões de hectares com a cultura — ou seja: as queimadas se alastraram por 4,2%% dos canaviais paulistas. O cultivo dessa planta fornece a maior parte da matéria-prima para produção de açúcar e etanol — o álcool nos postos para abastecer veículos — no Brasil.
As lavouras de cana levaram o país ao topo da produção de açúcar no mundo. As usinas brasileiras respondem por quase 25% da oferta mundial. O Brasil também é um dos maiores produtores mundiais de etanol — os canaviais abastecem cerca de 80% da fabricação nacional de álcool, conforme mostram os números oficiais.
*Fonte: Revista Oeste