Grupo visava a reduzir a quantidade mínima de candidatos registrados no partido opositor
A Polícia Federal no Maranhão deflagrou nesta quarta-feira, 2, a Operação Funâmbulo para desmantelar uma quadrilha que oferecia até R$ 40 mil em espécie para que candidatos opositores desistissem de concorrer nas eleições.
O grupo operava na cidade de Caxias, que possui cerca de 163 mil habitantes e fica a 365 quilômetros de São Luís. De acordo com as investigações, a meta do grupo era reduzir a quantidade mínima de candidatos registrados no partido adversário.
A operação investiga supostos crimes de associação criminosa e delitos eleitorais. Na manhã desta quarta-feira, agentes vasculharam as residências de três investigados.
Valores em dinheiro e documentos apreendidos serão enviados à Justiça e, depois, à perícia. A Polícia Federal pretende identificar outros possíveis envolvidos no esquema. A operação segue em andamento e novas informações podem surgir conforme as investigações avançam.
Outras tentativas de interferência nas eleições
No dia 26 de setembro, a Polícia Federal fez uma operação contra um grupo acusado de tentar interferir nas eleições municipais, o que é considerado um crime eleitoral, semelhante ao ocorrido em Caxias, no Maranhão.
Em parceria com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a agência realizou uma operação para desmantelar um grupo suspeito de interferir, ilegalmente, nas eleições de Bagé (RS). A ação resultou na prisão de três pessoas.
Os agentes desencadearam a operação depois de um tiroteio interromper um comício do Partido dos Trabalhadores (PT). O evento ocorreu no bairro Cohab, em 15 de setembro. Ninguém ficou ferido durante os disparos.
Além das prisões, as autoridades cumpriram 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Bagé e Santa Maria, além da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Os policiais descobriram que uma facção criminosa apoiava a campanha de uma candidata específica, cujo nome está sob sigilo.
O apoio incluía o empréstimo de imóveis para armazenar material de campanha e a segurança dos eventos eleitorais. Os agentes registraram essas atividades em 13 de setembro.
*Fonte: Revista Oeste