Método de pagamento é inexpressivo, mas há um alto índice de cancelamentos pelos apostadores
Desde 1º de outubro de 2024, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) proibiu o uso do método de pagamento no crédito em apostas e jogos on-line. A decisão partiu das companhias Visa, Mastercard, Elo e American Express, além de bancos e outras instituições de pagamento.
O Ministério da Fazenda já planeja proibir esse tipo de pagamento em apostas a partir de 1º de janeiro. No entanto, os apostadores ainda vão poder usar Pix, TED, boleto e cartões de débito ou pós-pagos para realizar suas transações.
Uso reduzido de cartão de crédito em bets
Embora não existam dados oficiais sobre os métodos de pagamento utilizados, estima-se que cerca de 90% das apostas sejam feitas via Pix. A Abecs declarou que “o uso do cartão de crédito dentro desse segmento se revelou inexpressivo”.
Em nota, a associação justificou sua decisão por causa da “crescente preocupação do setor de cartões em torno da prevenção ao superendividamento da população e do crescimento das apostas on-line no país”.
Iniciativas de órgãos e empresas para regulamentar apostas
Recentemente, a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) e o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) anunciaram que seus integrantes não vão aceitar mais pagamentos com cartão de crédito. As instituições reforçaram, porém, que a adoção desse método é baixa no setor de apostas on-line.
Empresas de pagamento relataram que já evitavam aceitar cartões de crédito devido ao alto índice de cancelamentos pelos apostadores, o que representa um risco para os iniciadores de pagamento.
Preocupações com inadimplência e endividamento
A proibição do uso de cartões de crédito para apostas é uma demanda de varejistas e do setor bancário, preocupados com o aumento da inadimplência, que pode ser mais grave nesses casos.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva divulgada em agosto revelou que 86% dos apostadores brasileiros têm dívidas, e 64% estão com o nome negativado.
*Fonte: Revista Oeste