Lula responsabiliza população pelos alimentos mais caros: ‘Compra outra coisa’

O petista defende a necessidade de ‘um processo educacional’ para que as pessoas deixem de consumir produtos para forçar comerciantes a baixar o preço

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que há a necessidade de “um processo educacional” da população brasileira quanto ao preço dos alimentos. “Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo”, disse o petista, em vídeo publicado nesta quinta-feira, 6. 

Lula insinuou que os alimentos estão caros por decisão arbitrária dos produtores e comerciantes. De acordo com ele, “é preciso que se tenha responsabilidade em todos os setores da cadeia produtiva”. Além disso, disse que “ninguém pode explorar ninguém”. 

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Sob esse argumento, o presidente sugeriu que as pessoas forcem os comerciantes a baixarem o valor. Para isso, diante do preço alto de algum alimento, Lula recomenda simplesmente não comprar. “Eu compro amanhã, eu compro outra coisa, eu compro o similar.” 

“Se você vai ao supermercado em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra”, diz Lula no vídeo. “Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, porque senão vai estragar.”

Inflação de alimentos continua subindo em 2025

A inflação geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulou 4,83% de alta em 2024, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o subgrupo da alimentação em domicílio subiu 8,23% em relação ao ano anterior.  

picanha e café - oposição
Produtos usados pela oposição para protestar contra a alta da inflação | Foto: Divulgação

Em 2025, a tendência se mantém. O IPCA-15, considerado a prévia oficial da inflação e produzido pelo IBGE, subiu 0,11% em janeiro. O grupo dos alimentos e bebidas foi o principal responsável pela alta, ao subir de 1,06% no mês. 

O subgrupo da alimentação no domicílio subiu 1,10%. O encarecimento do tomate, que ficou 17,12% mais caro em relação a dezembro, e do café moído, que encareceu 7,07%, foram os produtos que mais pesaram no índice. 

*Fonte: Revista Oeste