Homem foi surpreendido no portão de residência por motociclista que chegou atirando
O detento Rodrigo da Silva Carvalho, 39 anos, morreu ao ser atingido por diversos disparos de arma de fogo, quando chegava para visitar parentes, por volta das 6h30 da manhã, após sair da Mata Grande no benefício de saída temporária. O crime aconteceu neste domingo (22), no bairro Serra Dourada, em Rondonópolis-MT.
O reeducando teria saído da penitenciária para passar o domingo com família. Os presos que trabalham no local, após cumprir um sexto da pena e três meses de trabalho, têm o benefício de, a cada 15 dias, visitar a família pelo bom comportamento. Rodrigo prestava serviços internos e cuidava do canil da penitência.
Imagens das câmeras de segurança de uma casa ao lado mostra o momento em que Rodrigo e uma mulher saem de um veículo branco. Depois, eles ficam parados em frente ao portão de uma casa, quando um homem em uma motocicleta se aproxima. Ele desce da moto e atira contra Rodrigo.
O detento não teve chance de defesa. Ele foi atingido com vários tiros na região da perna esquerda, abdômen, pescoço e cabeça., Após os disparos, o suspeito foge.
A viatura avançada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada e constatou a morte. As Polícias Militar, Civil e Politec compareceram na ocorrência.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso será investigado pela Polícia Civil.
CASOS DE ESTUPRO
Na ficha criminal do detento, constam cerca de 7 passagens criminais, entre elas estupro. Sua pena totalizava 52 anos e 9 meses. Em 2011, Rodrigo da Silva Carvalho, na época com 27 anos, foi preso dentro de uma casa no Jardim Olinda II, onde teria cometido o crime de estupro de vulnerável contra uma menina de 11 anos. Após denúncia anônima, a PM chegou ao local, se deparou com Rodrigo e nos fundos da casa estava a menor. Ela o acusou de estupro.
Em março de 2016, já com 32 anos, Rodrigo foi preso novamente, acusado de estuprar e roubar ao menos 15 mulheres em Rondonópolis. Ele invadia as casas quando as mulheres estavam sozinhas, no período da tarde. Maioria das vítimas eram casadas.
Os abusos aconteceram em diferentes bairros da cidade, em um período de quatro meses. O caso foi investigado pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), que apontou Rodrigo como responsável pela sequência de estupros, devido à forma como os crimes eram executados e pelo reconhecimento das vítimas.
Conforme as investigações, Rodrigo entrava nas residências anunciando assalto e levava as mulheres para o quarto, cobria o rosto da vítima com alguma roupa ou lençol e a violentava.
Em um dos casos, a mulher foi violentada na frente da filha adolescente. O inquérito não chegou a ser instaurado pela falta de denúncia, pois devido ao trauma, a mulher não conseguiu falar sobre o assunto com os policiais.
A ação do estuprador foi violenta em todos os casos. Em um dos estupros, ele obrigou uma idosa a fazer sexo anal e, quando preso, algumas vítimas desmaiaram ao realizarem o reconhecimento do maníaco.