Hamas volta a ignorar governo Lula, e brasileiros seguem ‘presos’ em Gaza

Assim como aconteceu na quinta-feira 2, os norte-americanos são maioria na lista, com 367 pessoas liberadas

O Hamas voltou a desdenhar do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo terceiro dia seguido, os brasileiros retidos na Faixa de Gaza ficaram fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave, nesta sexta-feira, 3. O grupo é formado por 34 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos que esperam pelo resgate.

Assim como aconteceu na quinta-feira 2, os norte-americanos são maioria na lista, com 367 pessoas liberadas. Há também cidadãos do México, do Reino Unido, da Alemanha, da Itália e da Indonésia, além de outra lista separada com os franceses.

Ao todo, mais de 600 estrangeiros receberam o sinal verde para a travessia de Rafah, que leva ao Egito.

Na quarta-feira 1º, a passagem foi aberta pela primeira vez desde o início da guerra. O Egito promete que os 7 mil cidadãos de outros países que pediram para sair de Gaza serão liberados, mas de forma controlada — apenas um grupo por dia. Nesse ritmo, pode levar mais uma semana até que todos atravessem a fronteira.

Egito deixa o Brasil de stand by

O Itamaraty tem dito que negocia com as autoridades locais até que todos os brasileiros sejam repatriados e que mantém um avião no Cairo, a postos, para fazer o resgate. Nesta quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, que prometeu dar prioridade ao grupo do Brasil. Até agora, nenhum esforço diplomático surtiu efeito.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou mais de 1,4 mil pessoas na invasão sem precedentes ao território israelense.

Israel afirma ter cercado a cidade de Gaza, a principal do enclave, enquanto o primeiro ministro Binyamin Netanyahu afirma que sua campanha militar “está no auge”.

Diante da escalada do conflito, os Estados Unidos, um dos principais aliados de Tel-Aviv, pressionam por pausas humanitárias para minimizar o impacto da guerra sobre os civis palestinos.

*Fonte: Revista Oeste, com informações da Agência Estado