Conflito começou depois de ataque do Hamas; atualmente, país se vê como alvo de outros grupos extremistas, como Hezbollah e Houthis
Há um mês, terroristas do Hamas lançaram mísseis contra Israel e invadiram por terra o sul do país. Centenas de pessoas que estavam curtindo um festival de música foram mortas. Centenas de pessoas foram sequestradas — e seguem como reféns até hoje. Os ataques fizeram Israel declarar guerra contra os extremistas.
Neste primeiro mês de conflito, as forças israelenses tiveram de travar embates contra outros grupos extremistas, além do Hamas. No decorrer dos últimos dias, o país do Oriente Médio passou a ser alvo de ataques do Hezbollah e do Houthis. Eles têm bases no Líbano e no Iêmen, respectivamente.
Fora isso, a Jihad Islâmica, outro movimento que atua na Faixa de Gaza, chegou a lançar um míssil que caiu próximo a um hospital do território palestino. Num primeiro momento, o Hamas acusou Israel pelo ataque, versão que ganhou espaço na imprensa nacional e internacional. As Forças de Defesa de Israel (FDI) mostraram, contudo, que o episódio os próprios terroristas foram os responsáveis pelo ataque.
Apesar de contabilizar baixas nas equipes militares e diante de mais de 1,5 mil civis assassinados, incluindo bebês que foram decapitados, Israel segue em guerra contra terroristas. Dessa forma, o país anunciou mortes de líderes do Hamas. Foram os casos, por exemplo, de Jamal Mussa e Wael Asefa.
Nesse sentido, forças israelenses começaram operações na Faixa de Gaza. No último fim de semana, os militares do país anunciaram que dividiram o território entre norte e sul. Nesta terça-feira, 7, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as FDI irão assumir a segurança do local por “tempo indeterminado”.
Conflito contra a desinformação
Desde 7 de outubro, autoridades israelenses têm trabalhado na questão da comunicação. Diante de conteúdos divulgados a partir de dados não verificáveis repassados pelo Hamas, que, por meio de sua divisão partidária, controla a Faixa de Gaza desde 2007, o país se posicionou.
Em 18 de outubro, o governo israelense fez questão de divulgar que a emissora britânica BBC divulgou fake news em relação ao míssil lançado próximo a um hospital. O canal do Reino Unido chegou a dizer que não conseguiu “confirmar as afirmações” que partiram do Estado judaico.
Um dia depois, em 19 de outubro, o líder da oposição ao governo israelense, o jornalista e político Yair Lapid, não poupou de críticas o trabalho da imprensa internacional em relação à guerra contra terroristas. De acordo com ele, a mídia estrangeira se mostrava “covarde e preguiçosa” e dava espaço, sem senso crítica, às “mentiras do Hamas”.
Com esse trabalho de comunicação, o Consulado de Israel no Brasil organizou evento em São Paulo na última semana. A jornalistas, autoridades israelenses mostraram vídeos e fotos com registros dos ataques de 7 de outubro.
Em um mês de guerra em Israel, esquerda brasileira reforça apoio aos terroristas
O primeiro mês de guerra de Israel contra terroristas serviu para mostrar o posicionamento por parte de parte da esquerda brasileira. O governo Lula, por exemplo, não classifica o Hamas como grupo terrorista. Conselheira de Itaipu e secretária nacional de planejamento e finanças do PT, Gleide Andrade afirmou que Israel “não merece ser um Estado”; posteriormente, ela tentou justificar tal declaração.
Presidente do Instituto Brasil-Palestina, Sayid Marcos Tenório foi exonerado do cargo de assessor parlamentar do deputado Marcio Jerry (PCdoB-MA) depois de ter usado as redes sociais para debochar de uma das sequestradas pelos terroristas do Hamas. O militante comunista recebia salário de R$ 20 mil.
Desde o início da guerra no Oriente Médio, representantes da extrema esquerda do Brasil também fizeram questão de marcar posição em favor dos terroristas. Em manifestação no Distrito Federal, integrantes do PCB gritaram: “Viva o Hamas”. O nanico PCO definiu a ação do grupo extremista contra Israel como “resistência heroica”. Ex-presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros culpou a “extrema direita” israelense pelo conflito.
Em 22 de outubro, a saber, outro partido da extrema esquerda brasileira, o PSTU, organizou protesto na Avenida Paulista, em São Paulo. No evento, militantes queimaram a bandeira de Israel. O presidente nacional da sigla, José Maria de Almeida, afirmou estar do lado da “trincheira do Hamas”. Além disso, ele pregou o fim de Israel enquanto país independente.
*Fonte: Revista Oeste