Relatório da polícia italiana sobre vídeo contraria versão do ministro, que fala em ‘agressão’
A Polícia Federal (PF) acatou a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e indicou um perito para analisar as imagens do Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. O vídeo mostra a confusão que envolveu uma família brasileira e o ministro Alexandre de Moraes, que estava acompanhado do seu filho, Alexandre Barsi. A discussão ocorreu em 14 de julho.
A PF cumpriu o prazo de cinco dias que Toffoli estipulou para a escolha do profissional. A indicação do nome de Breno Rangel Borges Marchetti pela corporação chegou à Corte nesta segunda-feira, 6.
Marchetti vai acompanhar Moraes e Barsi no acesso às imagens das câmeras de segurança do aeroporto. Perito da PF desde 2007, o agente foi responsável por fiscalizar o código-fonte da urna eletrônica nas eleições de 2022.
Relator do processo, Toffoli manteve acesso restrito ao vídeo que chegou da Itália. O advogado Ralph Tórtima, que representa os acusados Roberto Mantovani Filho, Andrea Munarão e Alex Zanatta Bignotto, só poderá assistir aos vídeos nas dependências do STF.
O que mostram as imagens
De acordo com um relatório da polícia italiana, não houve agressão física por parte de Mantovani. O documento vai ser usado pela defesa dos acusados para contestar a versão de Moraes.
O ministro da Corte afirma que foi xingado de “comunista, bandido e comprado”, e diz ainda que seu filho levou um “tapa”.
Contrariando Moraes, a polícia da Itália afirma que Mantovani “utilizou o braço direito, impactando levemente os óculos de Alexandre Barci”.
*Fonte: Revista Oeste