Deputado vai processar petista que o agrediu na Câmara

‘Não vou permitir que esse cidadão passe em branco’, afirmou Messias Donato

O deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES) pretende acionar a Justiça contra o também deputado Washington Quáquá (PT-RJ), que o agrediu na última quarta-feira, 20, durante a cerimônia de promulgação da reforma tributária na Câmara.

“Não vou permitir que esse cidadão passe em branco, sem que responda em todas as instâncias da Justiça”, afirmou Donato, na noite desta quinta-feira, 21, em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro. “Vou recorrer.”

Donato revelou que o Republicanos ainda não se manifestou oficialmente se pretende ingressar no Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação do mandato de Quaquá. “A minha vontade terá de prevalecer”, afirmou o parlamentar, ao cobrar um posicionamento mais enérgico de seu partido.

Enquanto o Republicanos está inerte, o Partido dos Trabalhadores (PT) acionou o Conselho de Ética para pedir a cassação do mandato de Donato. A sigla protocolou o documento nesta quinta-feira, um dia depois de o deputado petista dar um tapa no rosto do colega de Parlamento.

De acordo com o PT, Donato e os parlamentares da oposição teriam ofendido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros, principalmente Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).

O partido alega que, ao assistir às supostas ofensas contra Lula e tentar gravá-las, para posteriormente divulgá-las nas redes sociais, Quaquá foi agredido por Donato.

“Um gesto que visava [sic] derrubar seu equipamento de filmagem e o impedir de continuar a registrar o comportamento indecoroso dos parlamentares que atacavam grosseiramente o presidente da República”, escreveram a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, e Zeca Dirceu, líder da sigla na Câmara.

Agressão de deputado do PT desmoraliza o Congresso, diz Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), lamentou a agressão de Quaquá contra Donato. O parlamentar alagoano deu a declaração em entrevista à GloboNews, na tarde desta quinta-feira.

“As imagens que ficam, que vão para o mundo são depreciativas”, destacou Lira. “Pessoas que pensam diferente, podem pensar diferente, devem ser respeitadas porque pensam diferente. Não concordo com tudo que o presidente Lula defende e, nem por isso, nunca nos agredimos. A política é a arte de conviver com o contrário.”

*Fonte: Revista Oeste