Presidido por Dilma Rousseff, Banco dos Brics envia US$ 1 bilhão para o governo Lula

O dinheiro havia sido solicitado por Lula com o aval do Senado Federal

Nesta quinta-feira, 21, o Banco dos Brics anunciou que já concluiu a transferência do empréstimo de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões) para o Brasil. O envio do dinheiro é o resultado de um acordo firmado em outubro entre a presidente da instituição financeira, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante uma reunião do FMI no Marrocos.

O dinheiro foi solicitado por Lula

O dinheiro enviado pelo Banco dos Brics ao Brasil havia sido solicitado por Lula (PT) no primeiro semestre deste ano — com o aval do Senado Federal. O montante deve ser pago pelo pagador de impostos brasileiro em até 30 anos, com juros de 1,64% ao ano.

O recurso deve ser usado para financiar o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC), que foi criado durante a gestão Bolsonaro a fim de reduzir os impactos econômicos da pandemia da Covid-19. A administração do recurso está a cargo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

pt indicados ao stf
Lula e Dilma em Brasília | Foto: Roberto Stuckert Filho/Agência Brasil

Crédito para empreendedores

Esse programa do governo garante a ampliação do acesso ao crédito para MEIs (microempreendedores individuais) e também para MPMEs (micro, pequenas e médias empresas brasileiras).

Durante o mandato de Bolsonaro, a oferta do Banco dos Brics, instituição financeira do bloco formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, já havia sido feita ao Brasil. Porém, a oferta de endividamento foi recusada.

Desde a sua criação, há oito anos, o banco dos Brics já destinou cerca de US$ 6 bilhões ao Brasil, dinheiro que financiou 21 projetos no país.

Gestão Dilma

No início do mês de dezembro, Dilma afirmou que, só em 2023, sob a sua gestão, o Banco dos Brics aprovou a destinação ao Brasil de US$ 2,8 bilhões — o que representa 45% do total da verba disponibilizada para o país desde 2015.

Em tom de crítica a Jair Bolsonaro, e celebrando o novo endividamento do Brasil, Dilma disse: “Alguns dos projetos tiveram o sinal verde do banco lá atrás, mas o governo de ocasião não se interessou em obter os recursos. Agora, com o presidente Lula, isso mudou. O Brasil voltou a procurar recursos no NDB, como membro fundador”.

Dinheiro para combater as mudanças climáticas

Ainda no início deste mês, durante uma cerimônia realizada na sede do BNDES, a presidente do Banco dos Brics assinou dois contratos formalizando a captação de um montante equivalente a US$ 8,5 bilhões, dos quais US$ 500 milhões serão destinados a projetos de combate às mudanças climáticas, e US$ 1,2 bilhão para investimentos em infraestrutura sustentável.

*Fonte: Revista Oeste