Partido político e grupo invasor de terras realizaram ações em conjunto no decorrer de 2023
Em reportagem publicada na Edição 197 da Revista Oeste, Anderson Scardoelli demonstra, com base em dados e informações públicas a relação entre o Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o grupo invasor de terras que se autodenomina Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na matéria “A volta do terror no campo”, a aliança entre PT e MST fica em evidência em ao menos três momentos:
- 1 — Líder sem-terra no “Conselhão” de Lula
No mês de maio, Lula criou o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”. Na equipe de “conselheiros” — na verdade, grupo consultivo para ter linha direta com o petista — está Ayala Ferreira, que integra a direção do MST. No “Conselhão”, Ayala tem a companhia de figuras como o influenciador digital Felipe Neto, a apresentadora Bela Gil, a empresária Luiza Trajano e o padre Júlio Lancellotti.
- 2 — Um ministério sob medida para o MST
Ao voltar ao poder, Lula resolveu fragmentar o Ministério da Agricultura e Pecuária. A partir da pasta, criou o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Apesar do nome, a estrutura foi montada pensando em agradar aos interesses do MST. Tanto que o ministro é o petista Paulo Teixeira, com direito à “transferência” para ao recém-criado órgão da Companhia Nacional de Abastecimento, que passou a ficar sob os cuidados do também petista Edegar Pretto, ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul e ligado ao movimento sem-terra.
- 3 — A bancada do MST
Em 2022, com a ajuda institucional do PT, o MST conseguiu eleger seis de seus militantes. Quatro integrantes do grupo invasor de terras foram eleitos deputados estaduais, por quatro Estados diferentes: Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Além disso, o movimento passou a ter dois deputados federais: Dionilson Marcon (RS) e Valmir Assunção (BA).
Leia um trecho da reportagem que mostra a aliança entre PT e MST
“O suporte do governo ao movimento nunca foi tão claro. Em maio, logo depois da onda de terror do chamado Abril Vermelho, ministros e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, compareceram a uma feirinha de produtos do MST num parque em São Paulo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda estampou um cartaz como garoto-propaganda de fubá de milho. O evento teve a participação de jovens frequentadores de bairros como Vila Madalena e Jardins, que costumam desfilar seus bonés do MST em bares e festas.”
*Fonte: Revista Oeste