Com conteúdo ideológico, Mynd8 faturou, em 2022, mais de R$ 500 milhões
Principal empresa de marketing de influência e entretenimento do país, a Mynd8 agencia em torno de 400 influenciadores de diversos nichos. Juntos, esses perfis produzem conteúdo para mais de 1,5 bilhão de seguidores. Entre as páginas da agência que fazem sucesso nas redes sociais está Minha Criança Trans.
Com 110 mil seguidores, a página é um exemplo do tipo de agenda ideológica disseminada pelo poderoso grupo.
Dona do perfil, a influenciadora Tamirys Ribeiro se autodenomina “mãe de uma criança trans de 8 anos”. Segundo a história que a própria blogueira conta na página, seu filho nasceu em 2016 com o sexo masculino, contudo, aos 4 anos de idade, o menino percebeu que se sentia como uma menina, e começou ali o seu processo de “transição social”.
Junto com Tamirys, a Mynd8 lançou, em 2023, uma websérie chamada Um Olhar Para Crianças Trans, que fala sobre “os desafios das crianças transgênero durante a infância e a adolescência”.
“Sabemos que pessoas trans não nascem com 18 anos e, portanto, existe uma infância que merece a atenção de todos — pais, escola e sociedade de modo geral”, justificou Fátima Pissarra, CEO da Mynd, em entrevista à revista Crescer.
O projeto foi idealizado e dirigido pela jornalista Kíria Meurer, diretora de Projetos Especiais da agência.
“A gente precisa começar a discutir essa questão nas escolas, ainda na infância e com todes (sic)”, declarou Kíria. “É chocante imaginar que a escola, esse espaço que deveria ser acolhedor, ainda é palco de tanto preconceito e violência”, completou a diretora da Mynd.
‘Nenhuma relação com meu ativismo’
Apesar de exibir em seu perfil “influencer da Mynd”, Tamirys afirmou nos stories do Instagram que a empresa não tem “nenhuma relação com seu ativismo, com os materiais que desenvolve ou com o conteúdo do perfil”.
Com esse tipo de conteúdo ideológico, a Mynd8 faturou, em 2022, mais de R$ 500 milhões. Mas tem pretenções ambiciosas e pretende chegar a R$ 1,5 bilhão, em 2025.
A empresa também agenciava os perfis de fofoca que difamaram a jovem Jéssica Vitória Canedo, que devido à enxurrada críticas na internet acabou cometendo suicídio.
*Fonte: Revista Oeste