Ex-ministro do STF assume a Justiça em 1° de fevereiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira, 11,o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski como novo ministro da Justiça e Segurança Pública. O anúncio ocorre depois de uma reunião entre o petista, Lewandowski e o atual ministro da pasta, Flávio Dino, no Palácio do Planalto, em Brasília.
“Hoje é um dia muito feliz para mim, porque estou diante de um companheiro [Dino] que esta prestando um serviço extraordinário ao país e à Justiça, que o Congresso aprovou para que ele seja, em 22 de fevereiro, o novo ministro da STF”, disse Lula a jornalistas. “Tenho também um companheiro [Lewandowski] que deixa o STF e vai ocupar a cadeira do companheiro Flávio Dino.”
Segundo Lula, Lewandowski toma posse apenas em 1° de fevereiro, quando deve apresentar sua equipe para o MJ. Até lá, Dino permanece no posto. O petista afirmou ainda que não vai interferir nas escolhas do novo ministro da pasta para compor o MJ, mas que deseja conversar com Lewandowski sobre o assunto.
Conforme Lula, com a indicação de Lewandowski e de Dino “ganha o país, a Suprema Corte e o povo brasileiro”. “Quando indico uma pessoa, indico uma pessoa de confiança”, destacou o presidente. “Quero que as pessoas montem o time que elas vão jogar.”
Lewandowski tem a confiança de Lula e o respeito dos ex-colegas do STF. Atualmente, além de advogar, o magistrado é presidente do Observatório da Democracia, da Advocacia-Geral da União (AGU), e membro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Quem é Lewandowski, futuro ministro da Justiça
Natural do Rio de Janeiro, Lewandowski, de 75 anos, é formado em ciência política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e doutor em direito pela Universidade de São Paulo (USP).
Foi ministro do STF entre 2006 e abril de 2023, quando deu lugar a Cristiano Zanin. Nos 17 anos de STF, foi um dos principais críticos da Lava Jato.
No Supremo, Lewandowski tem um histórico de votos ligados à esquerda. Durante o julgamento do Mensalão, votou pela absolvição do ex-ministro José Dirceu e dos deputados petistas José Genoino e João Paulo Cunha.
*Fonte: Revista Oeste