Procurada pelo FBI, Patrícia Lélis morava em casa avaliada em R$ 4,3 milhões

Dinheiro da entrada do imóvel veio de esquema criminoso operado pela brasileira

Patrícia Lélis, brasileira foragida da Justiça dos Estados Unidos (EUA), é acusada de enganar clientes ao se passar por advogada de imigração. Ela morava em uma casa de luxo na comunidade de Shirlington Crest, em Arlington, no Estado norte-americano da Virgínia. Este imóvel foi vendido em 2021 por aproximadamente R$ 4 milhões.

Casa luxuosa nos EUA

De acordo com o portal imobiliário Redfin, a casa é considerada “luxuosa”, e conta com três quartos, piso de madeira em todos os níveis e lareira a gás. A mansão também é equipada com cozinha gourmet, bancada de granito, eletrodomésticos em aço inox e diversos outros itens sofisticados. A residência localizada em bairro privilegiado também está rodeada por parques.

Patrícia pode perder o imóvel

Procurada pela Justiça dos EUA, a brasileira pode perder a casa de luxo. Isso porque, de acordo com a acusação feita pelo Departamento de Justiça norte-americano, o valor da entrada da casa, estimada em USD 875 mil (aproximadamente R$ 4,3 milhões), foi custeado com dinheiro de esquema criminoso.

Segundo o jornal O Globo, para a Justiça norte-americana, Patrícia se passou criminosamente por uma advogada de imigração, e, com isso, desviava recursos para enriquecimento próprio. A brasileira enviou, em setembro de 2021, um acordo a uma vítima que buscava ajuda para a obtenção de vistos EB-5 para os pais dela.

A vítima da falsa advogada chegou a fazer dois pagamentos iniciais totalizando mais de US$ 135 mil; porém, o suposto processo judicial nunca existiu — e parte desse montante foi direcionado para o custeio da casa de Patrícia em Arlington.

Patrícia Lelis
Patrícia teria organizado um esquema sofisticado para enganar os clientes | Foto: Reprodução/Instagram

Quem é Patrícia Lélis?

Blogueira e jornalista de 29 anos de idade, Patrícia Lélis ficou conhecida em 2016, quando acusou o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) de estupro. Porém, dois anos depois das acusações, o juiz Aimar Neres de Matos, da 4ª Vara Criminal de Brasília, decidiu arquivar o processo contra o parlamentar, acatando pedido do Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF).

À época, o Ministério Público, favorável ao parlamentar, defendeu que não era possível “vislumbrar elementos mínimos para a propositura de ação penal”. O MP ainda denunciou Patrícia por falsa comunicação de crime e extorsão da Talma Bauer, a então chefe do gabinete de Marco Feliciano.

Envolvimento com Eduardo Bolsonaro: ‘otária’

Lélis também acusou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de tê-la ameaçado depois de troca de ofensas pública em 2017. À época, ela havia afirmado que o parlamentar a teria chamado de “otária” e também ameaçado “acabar com a sua vida” se as ofensas públicas continuassem.

‘Denunciação caluniosa”

Porém, em 2021, um relatório da Polícia Civil do Distrito Federal apontou que havia diversos indícios de denunciação caluniosa da jornalista contra o parlamentar. Quando acusou o “zero três”, Patrícia trabalhava no PSC, então sigla de Eduardo Bolsonaro — seu namorado à época.

Patrícia já chegou a ser candidata à deputada federal por São Paulo, em 2018, filiada ao Pros; porém, não conseguiu o número mínimo de votos para a Câmara dos Deputados. A jornalista procurada pela Justiça dos EUA também já foi alvo de petistas depois de supostamente ofender uma mulher trans que “mostrou seu pênis a outras mulheres e adolescentes” no interior de um banheiro em Los Angeles.

*Fonte: Revista Oeste