Roi Yanovsky foi um dos reservistas que estavam em combate e retornaram para Israel depois de ordem das Forças de Defesa
Entre os reservistas que retornaram de Gaza, por ordem das Forças de Defesa de Israel (FDI), está Roi Yanovsky, chefe do departamento de investigação do Channel 13 News. Ele esteve em combate, como reservista, por cem dias, depois dos ataques do grupo terrorista a Israel em 7 de outubro. O militar comandou uma equipe em Gaza.
Ao retornar, Yanovsky publicou um texto para o centro de pesquisas Alma Research and Education Center, especializado, entre outros, em inteligência militar em Israel. Segundo as palavras dele, o Hamas tem desvirtuado a realidade da região e usado essa distorção como uma propaganda contra Israel.
“Gaza é vista como uma área atrasada, a ‘mais densamente povoada do mundo’, que está sob ‘cerco’ israelita há anos”, disse ele no texto. “Não há mentira maior do que essa. Gaza é uma cidade moderna, bonita e desenvolvida, com casas grandes e bem equipadas, avenidas largas, áreas públicas, um passeio à beira-mar e parques.”
Na opinião do reservista, a região não tem tantas carências quanto aparenta para o mundo. Para ele, a situação muitas vezes é até o contrário disso.
“Parece muito melhor do que qualquer outra cidade árabe, do Rio Jordão ao mar, muito mais parecida com Tel-Aviv do que com Kafr Qasim ou Um al-Fahm.”
Yanovsky afirma que “as casas estão cheias de bens e alimentos de todos os países do Oriente, mobiliário de última geração, equipamento elétrico avançado e outros dispositivos.”
Ele garante que existem também mansões luxuosas “que não envergonhariam Savyon e Kfar Shmaryahu [cidades desenvolvidas de Israel].”
“Não há falta de riqueza em Gaza”, ressalta em seu depoimento. “De um modo geral, a maioria das casas em que fiquei era substancialmente maior do que o meu apartamento em Tel-Aviv. A frase ‘se ao menos tivessem uma oportunidade de uma vida boa, não lutariam contra Israel’ é simplesmente irrelevante para Gaza.”
Para ele, o que prevalece mesmo no discurso do grupo é o ódio a Israel, que se tornou uma espécie de dogma entre parte da população.
“Em todos os bairros onde estivemos, existem zonas de combate prontas do Hamas, com armas, túneis, engenhos explosivos improvisados, locais de lançamento de foguetes, tudo dentro de edifícios residenciais.”
Ele diz que alguns desses edifícios também estão preparados, com lacunas nas paredes propícias para o movimento entre as construções.
Jornalistas em combate
Segundo Yanovsky, os terroristas se infiltram no meio da população para atacar muitas vezes sorrateiramente.
“Os membros do Hamas raramente andam armados”, conta o reservista, que atuou em Gaza. “Eles não são estúpidos nem ingênuos. Eles sabem que não levarão um tiro se se movimentarem disfarçados de ‘civis’.”
Por fim, Yanovsky descreve o que considera um método de combate muito complexo, que, segundo ele, somente aqueles que atuam na região poderiam entender.
“Eles preparam suas armas com antecedência nas entradas dos edifícios e se armam apenas um momento antes de atacar”, observa o militar israelense. “Portanto, o combate é muito mais complexo do que em qualquer outra arena, e qualquer pessoa que tente julgar Israel do exterior, porque é que os soldados dispararam contra X ou não dispararam sobre Y, deveria entrar em Gaza durante uma semana ou duas e regressar com conhecimentos.”
O locutor do Channel Sport 1, Schlomi Daniely, afirmou a Oeste que muitos dos reservistas, como Yanovsky, trabalham em veículos de comunicação.
“Não fui convocado porque já passei da idade reserva de serviço”, disse Daniely. “Existem alguns membros da equipe do meu canal que foram convocados para o Exército. Geralmente são jovens entre 25 e 30 anos. No jornal Israel Hayom, em que sou editor, há vários outros editores que receberam ordem de recrutamento.”
*Fonte: Revista Oeste