Ubiratan Sanderson (PL-RS) quer que ministro esclareça suposta interferência no inquérito da PF que o investiga por desvio de R$ 48 mil
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) apresentou, nesta quarta-feira, 4, um requerimento para convocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), a prestar esclarecimentos à Comissão de Segurança Pública da Câmara acerca de sua suposta interferência na Direção-Geral da PF.
A PF apura o desvio de recursos na compra de respiradores durante a pandemia de covid-19 no Estado da Bahia.
À época, Rui costa era o governador do Estado, além de presidente do Consórcio Nordeste.
Apontado em delação premiada pela empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da empresa Hempcare, o nome de Costa foi ligado a contratos irregulares no valor de R$ 48 mil, pagos adiantados para a compra de 300 respiradores da China, que nunca foram entregues.
“É a corrupção que mata”, escreveu o deputado Sanderson em seu perfil no Twitter/X. “Por isso tenho asco de corruptos, que pra mim apodreceriam na cadeia”.
Em seu requerimento, Sanderson, que está em seu segundo mandato e fez carreira na Polícia Federal, baseou-se na denúncia do portal Metrópoles de que o ministro teria ficado irritado com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, por não estar se esforçando com a Superintendência da corporação na Bahia contra o inquérito que o investiga.
“Entrei com um requerimento na Comissão de Segurança Pública convocando o ministro da Casa Civil, que estaria pressionando o diretor-geral da PF por conta da investigação sobre os respiradores”, confirmou Sanderson.
A importância da Casa Civil
Por meio de sua assessoria, o ministro negou a interferência no alto-comando da Polícia Federal. “O ex-governador Rui Costa deseja que a investigação prossiga e que os responsáveis pelo desvio do dinheiro público sejam devidamente punidos”, disse a nota.
O ministro investigado por desvio de verbas, ex-governador da Bahia, hoje está a frente de uma das pastas mais importantes e estratégicas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atuando como um elo entre o presidente e os demais órgãos.
*Fonte: Revista Oeste